Vacinação contra poliomielite tem baixa procura e estados prorrogam campanha.
A cobertura vacinal contra a
pólio no Brasil atualmente é de 63% das crianças entre 1 e 5 anos. Bem abaixo
da meta do Ministério da Saúde, que é de 95%.
Onze estados e o Distrito Federal
prorrogaram a campanha de vacinação contra a poliomielite. Goiás também
realizou neste sábado (8) o segundo "Dia D" para aumentar a cobertura
vacinal.
A imagem com os postos de
vacinação cheios deveria se repetir sempre, mas eles estão quase sempre vazios.
Neste sábado, a procura por doses de vacinas foi grande em Goiânia.
“Minha nora falou: vou trabalhar e a senhora pode lá vacinar
as crianças. E eu vim para trazer as crianças para vacinar”, disse a técnica de
enfermagem Sonilda Fernandes.
Goiás é um dos estados em que a
campanha de vacinação contra poliomielite foi prorrogada para menores de 5
anos.
“É o necessário. A gente tem que
proteger, né? Então chora, mas passa.”, disse a empresária Sany Cordeiro.
A cobertura vacinal contra a
poliomelite no Brasil atualmente é de 63% das crianças entre 1 a 5 anos,
segundo o Ministério da Saúde. Bem abaixo da meta, que é de 95%.
A grande preocupação das
autoridades em saúde é com a volta de doenças já erradicadas no país. Isso
porque os índices de imunização estão baixos. Em alguns estados, estratégias
como essa feita em Goiás, “o Dia D de vacinação”, pretendem aumentar a
cobertura vacinal.
No interior de São Paulo, em Ribeirão
Preto, o sábado (8) também foi destinado para vacinação.
“As vacinas se mostraram as
medidas, ou a medida, mais eficaz, segura e barata para controle de doenças.”,
explica o infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri.
Há quase cinco décadas, Ana Rosa
perdeu os movimentos por conta da paralisia. Foram 13 cirurgias para tentar
andar. Um aparelho ortopédico a acompanhou por toda a vida. E agora, a cadeira
de rodas.
“A vacina da pólio não dói, não
tem nenhum tipo de reação, então não dá para a gente entender, nós que somos
sequelados da poliomielite, entender os pais não terem essa motivação de
levarem os seus filhos para vacinar.”, desabafa Ana Rosa.
“As doenças só foram eliminadas
porque as crianças foram vacinadas no seu tempo correto. É vacinar para não
voltar.”, afirma Renato Kfouri.
Por Jornal Nacional | Via g1
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