Comandantes das Forças Armadas cobram ação de Bolsonaro para conter atos em frente a quartéis.
Segundo militares, pedidos
feitos por manifestantes fogem da alçada constitucional; na mesma reunião,
presidente teria autorizado Marinha, Exército e Força Aérea a iniciarem
preparativos para a posse de Lula.
Numa reunião que durou duas
horas nesta quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada, o presidente Jair
Bolsonaro (PL) ouviu dos comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea de que
é preciso um sinal mais claro do chefe do Executivo aos eleitores que insistem
em fazer vigílias na frente de quartéis, com demandas inconstitucionais, como
pedido de intervenção militar.
A CNN apurou que os
comandantes das três forças são unânimes no posicionamento de que tais
movimentos são inócuos. Dois deles teriam acrescentado que “não têm base
legal”.
E mais: estariam gerando
problemas de segurança e discussões internas dentro das corporações. Uma vez
que, segundo fonte que participou do encontro, militares inconformados com o
resultado das urnas estariam fomentando os protestos, com a participação de
parentes e amigos.
Bolsonaro teria ouvido, sem
concordar ou discordar. No entanto, numa segunda parte da conversa, o
presidente deu abertura para que Marinha, Exército e Força Aérea colaborem com
a transição do governo. Inclusive passando a compor, a partir da próxima
semana, equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que coordenará a
atuação dos militares na posse presidencial.
Ao Exército, por meio do 1°
Regimento de Cavalaria de Guardas – Dragões da Independência -, caberá a
condução do cerimonial militar. O presidente eleito será escoltado pela tropa à
cavalo e pelos Dragões à pé na chegada ao Congresso Nacional e na subida da
rampa do Palácio do Planalto.
No mesmo sentido, o
presidente autorizou a Força Aérea a iniciar as tratativas para segurança do
espaço aéreo no dia da posse. E a Marinha o preparo das honras a chefes de
Estado no Itamaraty.
Na reunião não foram
tratadas questões de protocolo civil, como troca de faixa, discursos, eventos
paralelos, etc. Isso ficará a cargo do grupo da transição coordenado pela
futura primeira-dama, Rosângela da Silva, juntamente com o Embaixador Fernando
Igreja e as equipes de cerimonial dos poderes envolvidos.
CNN Brasil
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