Levantamento da Confederação Nacional de Municípios aponta desafios para o 5G.
Divulgação/Ministério da Comunicações
Diagnóstico da Confederação
Nacional de Municípios (CNM) aponta dificuldades e caminhos para a
simplificação do licenciamento de antenas 5G nas cidades de todo o país.
A Confederação Nacional de
Municípios (CNM) divulgou levantamento que aponta os desafios das cidades de
todo o país no que diz respeito à atualização das legislações locais e simplificação
dos procedimentos de licenciamento para a instalação de antenas de 5G e
ampliação da cobertura 4G, na medida em que o cronograma de ativação da rede 5G
for avançando para cidades médias e pequenas, o que segundo a Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) deve ocorrer entre 2023 e 2029.
Se por um lado temos o avanço da
nova tecnologia 5G, a ampliação da cobertura 4G e as oportunidades de negócios
e promoção de serviços públicos, por outro temos a falta de oferta da internet
em muitas localidades e a má qualidade dos serviços prestados. Segundo a CNM,
esse cenário marca as realidades do país.
A ampliação de cobertura do 4G já
começa em 2023, levando a tecnologia de quarta geração aos mais de 7.000
lugares onde ela ainda não funciona, incluindo várias regiões metropolitanas,
além de vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados rurais. Para isso, e
para a chegada do 5G, será necessária a instalação de novas infraestruturas, o
que só é possível com a atualização das legislações locais, adequando-as à Lei
Geral de Antenas.
Diogo Della Torres, coordenador
de infraestrutura da Conexis Brasil Digital, representante das principais
operadoras de telefonia do país, explica que os avanços proporcionados pela
maior cobertura do 4G e a chegada do 5G beneficiam vários setores.
“O país está em processo de
intensa digitalização dos diversos serviços da sociedade. Na educação, temos os
recursos audiovisuais; na saúde, a marcação de consultas on-line, verificação
de exames realizados, cirurgias de forma remota; serviços financeiros estão
cada vez mais digitais; na indústria e na agricultura os diversos equipamentos
utilizados têm trabalhado conectados em nuvem, de forma integrada, e não mais
individual. Os próprios serviços públicos, nas mais diversas esferas, estão cada
vez mais no mundo digital e menos físico”, pontua Torres.
O coordenador de infraestrutura
da Conexis Brasil ressalta, no entanto, que esses avanços só serão sentidos
pela população à medida que os municípios atualizarem suas legislações e
permitirem que os investimentos cheguem à cidade.
“É importantíssimo que os
municípios adequem suas legislações para o licenciamento municipal das antenas,
para que os procedimentos sejam mais ágeis, menos burocráticos, simplificados e
integrados. Com isso, os investimentos que as operadoras fazem nas suas
infraestruturas de comunicação vão se traduzir rapidamente em conectividade ao
cidadão. As leis municipais precisam estar aderentes à Lei Geral de Antenas, ao
regramento federal. E adequadas, também, à nova tecnologia”, aponta.
A Lei Geral das Antenas (Lei
13.116/2017) estabelece os procedimentos de instalação de infraestrutura de
redes, mas os municípios têm um enorme protagonismo, uma vez que são
responsáveis pelas normas urbanísticas para a instalação dos equipamentos.
Segundo a pesquisa da CNM, até
agosto pouco mais de 111 municípios estavam com as legislações atualizadas. Dados
mais recentes apontam que mais de 200 municípios, em especial capitais e
cidades médias, estão com as legislações atualizadas. Atualmente, apenas 222
municípios estão com atualização das leis de antenas em andamento, incluindo
capitais.
Fonte: Brasil 61
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