MEC diz "buscar soluções" sobre bloqueio orçamentário. Entidades apontam corte de R$ 1,68 bilhão na Educação.
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O Ministério da Educação
(MEC) informou nesta terça-feira (29), em nota oficial, que está avaliando
alternativas e que vai "buscar soluções" para lidar com o bloqueio de
verbas da pasta, que atingem também universidades e institutos federais.
"O Ministério da
Educação (MEC) informa que recebeu a notificação do Ministério da Economia a
respeito dos bloqueios orçamentários realizados. É importante destacar que o
MEC mantém a comunicação aberta com todos e mantém as tratativas junto ao
Ministério da Economia e à Casa Civil para avaliar alternativas e buscar
soluções para enfrentar a situação", informou o órgão.
Segunda-feira (28),
entidades como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais
de Ensino (Andifes) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), criticaram os
bloqueios orçamentários. Ao todo, segundo o presidente da Andifes, Ricardo
Marcelo Fonseca, reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com base em
dados apurados nas próprias instituições, o bloqueio total no MEC foi de R$
1,68 bilhão, sendo R$ 344 milhões nas universidades federais.
"Após o bloqueio
orçamentário de R$ 438 milhões ocorrido na metade do ano, essa nova retirada de
recursos, no valor de R$ 344 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de
todas as instituições", alertou a Andifes, em nota oficial.
Ainda segundo a entidade, os
cortes comprometem o pagamento de serviços mais básicos, como água, luz,
manutenção predial e bolsas de assistência estudantil, que garantem a
permanência de jovens vulneráveis nas universidades.
"É um enorme prejuízo à
nação que as universidades, institutos federais e a educação, essenciais para o
futuro do nosso país, mais uma vez, sejam tratados como a última
prioridade", acrescentou.
Embora confirme o corte, o
MEC não informou, na nota, o detalhamento dos bloqueios.
Mais cedo, o secretário do
Tesouro Nacional, Paulo Valle, informou que o bloqueio de R$ 5,7 bilhões no
Orçamento Geral da União, realizado na semana passada pelo governo federal,
será reavaliado no próximo mês.
Fonte: Agência Brasil
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