Preço da gasolina sobe nos postos pela quarta semana seguida, diz ANP.
Altas nos preços da gasolina e
do diesel são sentidas pelos consumidores apesar de os combustíveis vendidos
pela Petrobras às distribuidoras não sofrerem aumento desde junho.
O preço médio do litro da
gasolina vendido nos postos do país subiu pela quarta semana consecutiva,
segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) divulgados nesta segunda-feira (7).
O preço médio do litro avançou de
R$ 4,91 para R$ 4,98 na semana de 30 de outubro a 5 de novembro, uma alta de
1,42%. De acordo com a ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos
na semana passada foi de R$ 6,99.
O litro do etanol hidratado
também subiu: passou de R$ 3,63 para R$ 3,70, um avanço de 1,92% na semana.
Essa é a quinta alta seguida no preço do combustível, após cinco meses de
queda. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,19.
Já o diesel voltou a subir, após
leve queda na semana anterior. O preço médio do litro subiu de R$ 6,56 para R$
6,58, alta de 0,3%. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,99.
Em junho, os preços do litro do
diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos
consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento
semanal de preços, em 2004.
As altas nos preços da gasolina e
do diesel vendidos aos consumidores acontecem apesar de os combustíveis
vendidos pela Petrobras às distribuidoras não sofrerem aumento desde junho.
Defasagem
A Petrobras tem como política de
preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a
estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras,
preços compatíveis com os que são praticados no exterior.
Segundo os últimos cálculos da
Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem
média no preço do diesel está em 8%, e no da gasolina, 3%. Isso significa que
os preços da Petrobras ainda estão mais baratos em relação aos praticados no
exterior.
Queda de preços
Os preços dos combustíveis vinham
sentindo o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), adotada pelos estados após sanção do projeto que cria um teto
para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica,
comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a
ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados
cobrem taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da
localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia
eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras vinha
promovendo sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para
as refinarias.
Por g1
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