Transição de governo começa na próxima segunda-feira.
Geraldo Alckmin esteve hoje com o
ministro Ciro Nogueira, no Planalto
O vice-presidente eleito, Geraldo
Alckmin, se encontrou no início da tarde desta quinta-feira (3) com o ministro
da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Palácio do Planalto, na primeira reunião para
tratar da transição de governo.
"Nós deveremos começar a
partir de segunda-feira da próxima semana [a transição do governo]. Então, todo
o fluxo de informações também foi conversado. Nós vamos encaminhá-las todas
para o ministro Ciro Nogueira, para Casa Civil, e a transição instalada, com o
objetivo da transparência, do planejamento, de continuidade dos serviços
prestados à população e que a gente possa, nesse período, ter todas as
informações e poder dar continuidade aos serviços, não interrompê-los e de
outra forma, nos prepararmos para a posse no dia 1º [de janeiro]", disse
Alckmin.
De acordo com Geraldo Alckmin, a
partir de segunda-feira (7) começarão uma série de reuniões de trabalho. De
acordo com a legislação, 50 pessoas podem ser nomeadas para atuar no período de
transição, grupo que pode ter ainda servidores federais e voluntários. Os
nomes, segundo o vice-presidente eleito, também devem começar a ser anunciados
na segunda-feira.
"A partir de segunda-feira
(7), depois que a gente fizer reunião com presidente Lula, a gente começa a
divulgar os nomes da transição", informou.
Partidos que apoiaram a
candidatura de Lula indicarão nomes para compor a equipe de transição. Segundo
Alckmin, também haverá conversas com políticos e partidos que aderiram apenas
no segundo turno, como Simone Tebet (MDB) e o PDT. No primeiro turno, dez
siglas compuseram a coligação nacional em apoio à candidatura de Luiz Inácio
Lula da Silva: Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), Federação
PSOL/Rede (PSOL e Rede), PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir. No segundo
turno, partidos como PDT e Cidadania também aderiram à campanha.
Orçamento 2023
Na manhã desta quinta-feira, o
vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, integrantes da equipe de transição e
parlamentares petistas estiveram reunidos com o relator geral da Comissão Mista
de Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Uma proposta de emenda à
Constituição, que está sendo chamada de PEC Emergencial de Transição, é a
aposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para viabilizar o
pagamento de promessas da campanha, como o Auxílio Brasil de R$ 600, a partir
de janeiro de 2023. O texto, que será construído até a próxima terça-feira (8),
flexibiliza o teto de gastos com despesas inadiáveis, como o programa de
transferência de renda.
O senador Marcelo Castro disse
que as promessas de campanha de Lula não cabem na proposta orçamentária para
2023, montada pelo governo de Jair Bolsonaro. "Todos sabem que não tem
recurso para Farmácia Popular e que foram cortados recursos da saúde indígena,
dos imunobiológicos e das vacinas. O Orçamento já é deficitário por si próprio.
Pelo nono ano consecutivo, estamos fazendo Orçamento com déficit de
aproximadamente R$ 65 bilhões", disse.
Agência Brasil
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