Governo estuda perdoar dívida de quem pegou empréstimo do Auxílio Brasil, diz ministro.
Os empréstimos atrelados ao
programa social foram liberados às vésperas do 2.º turno da eleição
presidencial e já somam R$ 9,5 bilhões.
O novo ministro do
Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), afirmou ao jornal Estadão que o
governo estuda perdoar dívida e/ou renegociar débitos de quem pegou empréstimo
consignado do Auxílio Brasil de Bolsonaro, ex-presidente.
Os empréstimos atrelados ao
programa social foram liberados às vésperas do 2.º turno da eleição
presidencial e já somam R$ 9,5 bilhões.
Questionado pelo jornal
sobre a discussão da anistia para os beneficiários do consignado, o ministro,
que assumiu o cargo na segunda-feira, respondeu: “Tem uma proposta de anistia
para os endividados. Certamente, esses são endividados”.
Segundo ele, será preciso
avaliar qual o caminho e o modelo a ser adotado no caso do programa social (que
voltará a se chamar Bolsa Família). “Ainda não é possível dizer, porque há
aspectos legais que envolvem um banco”, disse o ministro.
Dias, que assumiu um dos
ministérios mais disputados do governo Lula 3, disse que a discussão está sendo
feita em conjunto entre a sua pasta, a Caixa Econômica Federal, a Controladoria
Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da
Fazenda.
O empréstimo consignado foi
aprovado pelo Congresso em junho de 2022 e regulamentado só às vésperas do
segundo turno da eleição presidencial, apesar de os especialistas terem
apontado o risco de oferecer esse tipo de operação de crédito para a população
vulnerável que recebe o benefício de transferência de renda. Grandes bancos
privados e o Banco do Brasil não ofereceram a linha de crédito.
Os cadastrados no programa
podiam pegar dinheiro emprestado com parcelas descontadas diretamente do
benefício pago pelo governo federal. Segundo a portaria que regulamentou a
modalidade, a quantia máxima que pode ser descontada é de R$ 160.
Jornal da Paraíba com informações do Estadão
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