PF encontra documento para Bolsonaro mudar resultado de eleição na casa de Torres.
O documento foi achado
durante a operação de busca e apreensão realizada na casa do ex-ministro de
Jair Bolsonaro na terça-feira (10).
A Polícia Federal (PF)
encontrou, durante busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça Anderson
Torres, uma proposta de decreto para que o Jair Bolsonaro (PL) instaurasse
estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enquanto ainda era presidente
da República.
O fato foi revelado pelo
jornal Folha de S. Paulo e confirmado pelos analistas de política da CNN Thais
Arbex e Caio Junqueira.
O texto teria como objetivo
reverter o resultado da eleição presidencial, da qual Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) saiu vitorioso.
O documento foi encontrado
na terça-feira (10) durante a operação da PF na casa do ex-ministro e
ex-secretário de Segurança do Distrito Federal.
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Torres nesta
semana, mas ele está em viagem nos Estados Unidos. Ele foi exonerado do cargo
de secretário durante o Ataque aos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8).
À CNN, o advogado de
Anderson Torres, Rodrigo Roca, afirmou que o documento encontrado pela Polícia
Federal na residência do ex-ministro não é de autoria de Torres.
“Não é da autoria dele o
documento. Eram diárias as abordagens feitas por populares ao ministro da
Justiça e a mim mesmo como secretário nacional do Consumidor pedindo que levasse
ao presidente algum tipo de sugestão”, disse Roca.
“Eram escritos às vezes
manuscritos, às vezes digitados, mas era muito comum isso, principalmente no
Ministério da Justiça”, continua o advogado.
Roca disse ainda à CNN ser
“testemunha de que ele se desfazia disso, mas por cortesia e educação não
jogava fora na hora ou levava. A maior prova que ele não levava ao presidente é
que foi encontrado na casa dele”.
“O que posso afirmar é que
ele nunca levou ao presidente.”
(Com informações de Thais Arbex e Caio Junqueira, da CNN. Publicado por Fernanda Pinotti, da CNN).
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