Supremo abre mais três inquéritos sobre atos golpistas.
Com isso, há agora sete
inquéritos no STF sobre atos antidemocráticos
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (Foto), autorizou a abertura de mais três
inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, ampliando as linhas de
investigação contra financiadores, autores intelectuais e pessoas que
praticaram o vandalismo, mas não foram presas em flagrante.
Moraes atendeu a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou a necessidade de separar cada
eixo de investigação e otimizar recursos. A decisão é sigilosa e seu conteúdo
não foi divulgado. Com a nova autorização, agora há sete inquéritos no Supremo
relacionados aos atos golpistas.
Os três novos processos se
juntam ao que já apura a atuação daqueles pegos em flagrante no próprio 8 de
janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio
do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Outra investigação apura a
atuação de pessoas presas em acampamentos golpistas montados em frente a
unidades militares por todo o país, em especial em frente ao quartel-general do
Exército, em Brasília. Na semana passada, Moraes manteve 942 pessoas em prisão
preventiva.
Há ainda outra frente de
apuração na qual são alvos autoridades suspeitas de omissão ou conivência com
os atos golpistas, incluindo o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis
Rocha (MDB), e o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que
é também ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
“As investigações têm como
objeto a apuração dos crimes de terrorismo (artigos 2º, 3º, 5º e 6º) previstos
na Lei 13.206/2016, e de outros seis crimes previstos no Código Penal:
associação criminosa (artigo 288); tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito (artigo 359-L); tentativa de golpe de Estado (artigo
359-M); ameaça (artigo 147); perseguição (artigo 147-A, § 1º, III); e incitação
ao crime (artigo 286)”, informou o Supremo.
Entenda
Desde que o presidente Lula
foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente
Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe
militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos últimos
meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram
com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no último dia 8.
Agência Brasil
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