Zé Gotinha volta para incentivar vacinação e combater fake news, diz ministra da Saúde.
Queda na cobertura vacinal preocupa nova gestão que trabalha
na reestruturação da pasta.
pós atingir até 90% de imunização contra a poliomielite na
população infantil em anos anteriores, o Brasil chegou a registrar cobertura
vacinal de apenas 40%, em 2022. A queda dessa e de outras vacinas, segundo a
ministra da Saúde, Nísia Trindade, está entre os principais desafios da nova
gestão da pasta. Em entrevista concedida nesta quinta-feira (19), à CNN Brasil,
a gestora afirmou que o Zé Gotinha, ícone histórico da vacinação no país, volta
ao primeiro plano e será um aliado importante num processo de educação e
combate às notícias falsas.
“Ele volta com força total para o combate às fake news e
otimizar a vacinação. A vacina será uma pauta não só do Ministério, mas de toda
sociedade. A pólio é uma grande ameaça. No caso da covid-19, a população que
não completou o esquema vacinal, precisa tomar as duas doses, mais o reforço.
No caso das crianças, o número de não vacinados é preocupante, até porque,
infelizmente, temos casos de óbito. E tendo uma forma de prevenir, não há
motivo para não se vacinar”, destacou a ministra.
A ministra também disse que há muitos desafios para o
fortalecimento do SUS, que mostrou sua importância durante a crise sanitária
causada pelo coronavírus. “Estamos debatendo um plano com estados e municípios
para reduzir as filas de exames e tratamentos no tempo adequado, o que foi
agravado durante a pandemia”, garantiu.
Valorização da vida
Questionada a respeito das revogações promovidas pela Pasta,
Nísia afirmou que as medidas seguiram o consenso do Grupo de Transição e que,
de fato, não houve nenhuma mudança na legislação brasileira, sobretudo no que
se refere a decisão da retirada do país do Consenso de Genebra. “Apenas
retomamos as orientações anteriores, de cumprimento da lei e do cuidado com
mulheres e meninas vítimas de violência. O que há é uma orientação para a
defesa da vida, que deve vir junto com a defesa de uma família que proteja
crianças e adolescentes”, explicou.
Nísia também assinalou que, neste primeiro momento da gestão,
o foco é reestruturar todo o Ministério, promover o diálogo com o parlamento,
governadores e sociedade civil. “Pensamos, sobretudo, no fortalecimento do SUS
e na ciência e tecnologia. O Brasil precisa vencer esses desafios”, adiantou.
Por Ministério da Saúde
Nenhum comentário