Lula retoma Minha Casa, Minha Vida e avisa: “A roda gigante desse país começa a girar a partir de hoje”.
Na Bahia, presidente comanda entrega de 2.745
unidades habitacionais e assina MP que moderniza e amplia as categorias do
programa do Governo Federal.
O Minha Casa, Minha Vida, maior programa de
habitação do país nas últimas décadas, está oficialmente de volta. Nesta
terça-feira (14/2), em Santo Amaro, na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva assinou a Medida Provisória Nº 1.162, que marca a retomada da iniciativa
do Governo Federal.
“A minha vinda aqui é um sinal. A roda gigante desse
país começa a girar a partir de hoje”, afirmou o presidente, que entregou
pessoalmente as chaves das unidades às famílias de Maria Anita Santos de Jesus,
Liliane Jesus da Cruz, Josimeire Santana Pinheiro, Valter Souza da Cruz e
Edilene Barreto.
“Eu vim entregar a chave de uma casa para uma mulher
que quase não consegue pegar a chave de tanta emoção porque a casa dela estava
mobiliada”, ressaltou Lula, ao se referir a Josimeire Pinheiro, baiana de 31
anos, mãe solo de três filhos, que recebeu a visita do presidente em sua casa e
descobriu que o lar seria entregue já mobiliado.
“Eu vim aqui para começar a provar que é possível a
gente reconstruir um outro país. Para dizer a vocês que o povo brasileiro vai
voltar a tomar café, a almoçar, a jantar, a morar, a estudar, a trabalhar, a
ter acesso às coisas que todo mundo tem direito de ter”, afirmou o presidente
Lula.
PARADAS - Lula entregou 684 unidades em dois
conjuntos habitacionais: Vida Nova Santo Amaro 1, visitado por ele e que sediou
o evento, e o Residencial Vida Nova Sacramento. “Essas obras estavam com 94% de
conclusão em 2016. Ficaram paradas e só agora, quando o presidente Lula voltou,
é que foram concluídas”, ressaltou a presidente da Caixa Econômica Federal,
Maria Rita Serrano.
“Entre 2009 e até o final de 2018, houve 5,6 milhões
de unidades entregues. Foram contratadas quase 6 milhões de unidades até o fim
de 2018. Vinte e três milhões de pessoas foram beneficiadas, incluindo as dos
cinco empreendimentos de hoje”, completou a presidente da Caixa. A título de
comparação, 23 milhões de pessoas equivalem a mais de duas vezes a população de
Portugal.
Além da presidente da Caixa, acompanharam o
presidente na cidade baiana o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa; o
ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro dos Transportes, Renan Filho; o
ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome,
Wellington Dias; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o senador Jacques
Wagner e a prefeita de Santo Amaro, Alessandra Gomes.
Cerimônias similares de entregas de unidades
habitacionais foram realizadas simultaneamente (online) em Lauro de Freitas
(BA), João Pessoa (PB), Contagem (MG) e Aparecida de Goiânia (GO), também com a
presença de ministros e de autoridades. Ao todo, 2.745 unidades habitacionais
foram entregues.
RETOMADA - Lula anunciou que o Minha Casa, Minha
Vida retomará imediatamente as obras de 5.562 unidades habitacionais em cinco
municípios. Serão 609 unidades em Rio Largo (AL), 868 em Chapadinha (MA), 2.837
em Imperatriz (MA), 1.008 em Belém (PA) e 240 em Governador Valadares (MG). Nos
próximos meses, serão continuadas ou retomadas obras de 186,7 mil moradias em
todo o país.
Além de ser um instrumento fundamental para a
redução do déficit habitacional no Brasil, sobretudo para famílias de menor
renda, o Minha Casa, Minha Vida contribui para a recuperação da economia,
gerando empregos e movimentando toda a cadeia do setor da construção civil.
“Nós vamos, nos próximos quatro anos, com a retomada
do programa, gerar um milhão de novos empregos diretos e indiretos. Serão dois
milhões de novas habitações em todo o Brasil até 2026. O Minha Casa, Minha Vida
tem esse efeito, de movimentar a economia e gerar oportunidades”, disse o
ministro das Cidades, Jader Filho.
Novidades
O Minha Casa, Minha Vida retorna com mudanças. Uma
das principais novidades do novo programa é o retorno da Faixa 1, que agora é
voltada para famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Anteriormente, a renda
exigida era de R$ 1.800.
Nos últimos quatro anos, a população com essa faixa
de renda foi excluída do programa. A ideia agora é de que até 50% das unidades
financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público. Historicamente, o subsídio oferecido a
famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%. Outra novidade é que o
programa beneficiará famílias em situação de rua.
Assessoria - Fotos: Ricardo Stuckert/PR
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