Ação conjunta do MPRN, PF, PRF, PM, Seap e Força Nacional combate atuação de facção que promove atos criminosos no Estado.
Operação Sentinela foi
deflagrada nesta quarta (22) e cumpriu 13 mandados de prisão e outros 26, de
busca apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante,
Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau.
Uma operação conjunta do
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), da Polícia Federal (PF), da
Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar (PM), da Secretaria
Estadual da Administração Penitenciária (Seap) e da Força Nacional (FN) combate
a atuação da organização criminosa que, desde a semana passada, vem promovendo
atos criminosos em todo o Estado.
A operação Sentinela cumpriu 13
mandados de prisão e outros 26, de busca e apreensão, nas cidades de Natal,
Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo
Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau. Dois homens foram presos em flagrante
na ação. Houve apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular,
documentos e dinheiro vivo. Cinco mandados de prisão não foram cumpridos porque
os alvos não foram localizados, totalizando 18 prisões já decretadas na
operação Sentinela. Essas pessoas já são consideradas foragidas de Justiça.
Todos os mandados foram
direcionados a pessoas suspeitas de integrarem o Sindicato do Crime do RN
(SDC), organização criminosa vinculada aos ataques à sociedade potiguar na
última semana. Entre as 13 pessoas presas, uma é mulher. Dentro da facção, elas
são conhecidas como “cunhadas” – mulheres de faccionados que acabam integrando
a organização criminosa.
A operação Sentinela contou com a
participação de três promotores de Justiça, 16 servidores do MPRN, 60 policiais
federais, 38 policiais rodoviários federais, 96 policiais militares e 24
policiais penais. Dois helicópteros das forças de segurança do RN prestaram
apoio à ação.
A maioria dos presos na operação
Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico
de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime
semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas. Já foi apurado que alguns dos
presos na ação desta quarta violaram o sistema de monitoramento eletrônico,
coincidentemente antes e durante ataques registrados nos últimos dias.
Para os investigadores, não
existem dúvidas sobre o poder de mobilização das centenas de membros da
organização criminosa. A sensação de terror sentido e presenciado pelos
potiguares nos últimos dias, decorrente dos ataques criminosos perpetrados
contra instituições públicas e privadas e contra agentes de segurança pública,
retrata bem tal panorama.
As investigações que resultaram
na deflagração da operação Sentinela apontam que as pessoas presas na ação
desta quarta são lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem
ou exerceram funções relevantes para a facção.
As pessoas presas na operação
Sentinela são investigadas por constituírem e integrarem organização criminosa,
o que tem pena prevista de reclusão de 3 a 8 anos. As penas delas, caso
condenadas, podem ser aumentadas até a metade por usarem arma de fogo; agravada
para as pessoas que forem identificadas como líderes sobre os demais
faccionados; e ainda ampliada pela conexão com outras organizações criminosas.
A operação Sentinela tem por
objetivo retirar das ruas lideranças criminosas, o que pode levar, pelo menos
neste momento, à descontinuidade dos ataques e à posterior responsabilização
dos autores dos crimes.
O material apreendido será
avaliado pelo MPRN. Os presos na operação já foram encaminhados ao sistema
prisional potiguar. O MPRN ainda apura o envolvimento de outras pessoas com os
crimes cometidos nos últimos dias.
Assessoria MPRN
Nenhum comentário