Governo anuncia em abril o novo plano nacional de investimentos em infraestrutura.
Presidente Lula e os Ministros Rui Costa e Fernando Hadad durante reunião - Foto: Ricardo Stuckert/PR
Iniciativa leva em conta
prioridades de estados e municípios e terá aportes diretos da União, concessões
e parcerias público-privadas.
Após articulações com
representantes de estados e municípios para apurar as obras prioritárias, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que os ministros tracem um
plano de entregas, retomadas de obras e de investimentos para os primeiros cem
dias de governo, para o ano de 2023 e para os próximos anos.
Uma reunião ministerial
nesta sexta-feira, 10/3, no Palácio do Planalto, serviu para apresentar os
avanços. Na saída do evento, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa,
explicou que o novo plano vai reunir investimentos federais diretos, concessões
e Parcerias Público-Privadas (PPP).
Esse conjunto de ações quer
deixar claro que a governança voltou, a gestão voltou e o Brasil voltou a ter
governo, porque nada disso existiu nos últimos quatro anos. Queremos contribuir
de forma decisiva para a volta do emprego". Rui Costa, ministro-chefe da
Casa Civil
“Apesar de estar
regulamentado, o Governo Federal nunca materializou essa ferramenta da PPP. E
nós vamos utilizar as PPP para alavancar investimentos em infraestrutura no
país”, afirmou o ministro, citando como possíveis exemplos projetos de
estradadas federais, portos e aeroportos e na área de energia.
“Já fizemos reuniões
bilaterais com todos os estados e entramos na reta final de organizar as
demandas. O presidente recebeu a Frente Nacional de Prefeitos, associações
nacionais e regionais de municípios. E com isso, iniciamos a temporada de
recepcionar os projetos dos municípios em projetos estruturantes”, comentou Rui
Costa.
Costa citou o exemplo do
Ministério da Minas e Energia, que prevê a assinatura de contratos de novas
linhas de transmissão com valores em torno de R$ 3 bilhões e estimativa de até R$ 9 bilhões até julho.
“Isso se faz absolutamente
necessário porque o Brasil hoje virou referência internacional de energia
renovável. O gargalo que tínhamos eram as linhas de transmissão. Muitos
projetos com estudos prontos, licenciamento ambiental aprovado e regularidade
fundiária feita não podem se materializar em investimento e emprego por falta
de linha de transmissão”, alegou.
O novo programa de
investimento do Governo Federal terá conceitos similares aos do Plano de
Aceleração do Crescimento (PAC), adotado na gestão anterior do presidente Lula.
O novo nome ainda será definido. “O plano será não só de projetos novos, mas de
conclusão de um número enorme de obras. Só na área de habitação temos quase 180
mil unidades não entregues, quase a totalidade contratada ainda no final do
governo Dilma, em 2014, 2015, 2016”, relatou.
MÃOS À OBRA - O ministro fez
referência, ainda, à plataforma online Mãos à Obra, lançada nesta sexta para
facilitar a indicação, por parte dos gestores municipais, dos empreendimentos
que estão paralisados ou inacabados em suas regiões e que são considerados
prioritários para ter as obras retomadas na avaliação dos gestores locais.
A lista será indicada pelos
gestores locais até 10 de abril e deve se pautar por equipamentos sociais
voltados à Saúde, Educação, Esporte e Cultura, como praças, escolas, creches e
postos de saúde, além de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. Só
na área da educação são cerca de quatro mil obras paralisadas.
“Por exemplo, uma creche,
uma escola que foi contratada, conveniada pelo FNDE, mas a execução era por
parte do município e vamos nessa plataforma pedir que ele atualize o cadastro
da obra, a situação, anexar fotos e relatórios”, exemplificou. A estimativa é
de que sejam necessários R$ 4
bilhões para concluir essas obras de educação. A intenção, segundo Rui Costa, é
editar uma Medida Provisória específica para concluir esse compromisso.
Na próxima semana, haverá
uma reunião específica para ouvir ministros das áreas sociais, como Saúde,
Educação e Desenvolvimento Social, e na sequência com os ministérios da área
produtiva, como Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Indústria e Comércio. “Separamos
em três grandes grupos para facilitar esse diálogo”, disse Rui Costa.
RITMO E GOVERNANÇA - Segundo
o ministro, o foco é dar ritmo às entregas, inclusive com um pedido expresso do
presidente para que cada uma das pastas reduza o custeio. “Queremos melhorar a
qualidade do gasto público e aumentar investimentos, porque investimento gera
emprego, melhores condições de infraestrutura, condições sociais, educação e
saúde”.
Para ele, a mensagem é
objetiva: “Esse conjunto de ações quer deixar claro que a governança voltou, a
gestão voltou e o Brasil voltou a ter governo, porque nada disso existiu nos
últimos quatro anos. Queremos contribuir de forma decisiva para a volta do
emprego”, concluiu.
Por Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Nenhum comentário