Governo Federal reajusta em até 39% o valor destinado à merenda escolar.
Anúncio oficial da medida
que pretende melhorar a qualidade dos alimentos servidos nas escolas públicas
será nesta sexta, 10\03. Investimento direto em 2023 será de R$ 5,5 bilhões.
Depois de cinco anos sem
correção e com defasagem estimada em 35% diante da inflação acumulada no
período, os valores dos repasses do Governo Federal a estados e municípios para
o Programa de Alimentação Escolar – PNAE, para a compra da merenda escolar,
serão reajustados em até 39% a partir deste mês.
A estimativa do governo é
investir R$ 5,5 bilhões neste ano, o que vai beneficiar um contingente de 40
milhões de alunos de escolas públicas e, consequentemente, famílias que têm na
escola um apoio importante para a alimentação saudável dos filhos.
Em encontro com prefeitos
nesta sexta-feira (10\03), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva
anuncia os novos valores e reafirma o compromisso com o combate à fome, a
qualidade da comida servida nas escolas públicas, a agenda dos municípios e o
cuidado com os brasileiros que mais precisam.
O valor destinado por aluno
do ensino fundamental e médio terá acréscimo de 39%, acima do IPCA do período.
Nessa faixa, está concentrada a maior parte dos alunos da rede pública. São 24
milhões de estudantes, o correspondente a 60,5% do total.
Para os cerca de 3,6 milhões
de alunos de pré-escola e da educação básica para indígenas e quilombolas, o
reajuste será de 35%. No caso de 11,7 milhões de crianças em creches, alunos de
escolas em tempo integral, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do atendimento
especializado, que já têm hoje um repasse maior, a correção será de 28%.
Nos últimos anos, os valores
defasados criaram dificuldades para que escolas servissem a merenda escolar com
a qualidade necessária. Isso fez com que muitas trocassem a refeição por
lanches e bolachas.
Na atual gestão, a merenda
escolar é vista como ferramenta essencial na estratégia de combate à fome e à
desnutrição infantil e de estímulo à alimentação saudável. A intenção é reforçar o papel do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), inclusive com a retomada da parceria
com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), prevista para as próximas
semanas.
Por meio do PAA, o Governo
Federal apoia a compra direta de alimentos saudáveis produzidos pela
agricultura familiar e redireciona para escolas, creches, restaurantes
comunitários e para projetos sociais que trabalham a questão da insegurança
alimentar.
COMBATE À FOME - O reajuste
da merenda escolar se articula com outras ações recentes do Governo Federal em
torno da questão da segurança alimentar e nutricional. Entre elas estão o
relançamento do Bolsa Família, que passou a incluir um adicional de R$ 150 por
criança de até seis anos dentro da estrutura familiar, além de R$ 50 reais por
criança e adolescente entre sete e dezoito e gestantes; a retomada do Minha
Casa, Minha Vida, com o compromisso de contratar dois milhões de unidades
habitacionais até 2026 e gerar emprego e renda nas construções, além da
política de valorização do salário mínimo e da reativação de entidades da
sociedade civil essenciais para a superação da fome, como o Conselho Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
ClickPicuí com Assessoria
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