Iphan recomenda novo estudo sobre impacto de parque eólico no RN e PB
Medida surge após entidades
apontarem falhas em estudo ambiental
Parecer do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recomenda estudos complementares sobre
os impactos da construção do Complexo Eólico da Pedra Lavrada nos estados do
Rio Grande do Norte e da Paraíba.
O parecer pede que a empresa
explique o uso de explosivos e aponta o risco de soterramento de bens
arqueológicos situados nos cursos d’água.
A medida surge após
entidades apontarem falhas em estudo ambiental da empresa responsável pela
obra. Eles identificaram possíveis danos ao patrimônio histórico, arqueológico
e paisagístico da região.
O empreendimento vai ocupar
1.600 hectares com a instalação de 372 aerogeradores, distribuídos em 27
parques eólicos em oito municípios.
O coordenador-geral de
Licenciamento Ambiental do Iphan, Roberto Stanchi, explica que o processo de
licenciamento do complexo eólico está na fase de estudos técnicos. Ele conta
que o parecer do técnico é uma recomendação. "O que consta nesse documento
são recomendações para que o Iphan verifique se de fato essas informações
procedem ou não. E caso haja concordância com esse parecer técnico, que é a
primeira etapa do processo de avaliação, o que o Iphan irá fazer é questionar o
empreendedor sobre essas informações, se são verídicas ou não ou eventualmente
solicitar estudos complementares, o que é natural também no processo de
licenciamento.
Para o arqueólogo Joadson
Silva, voluntário do Instituto Seridó Vivo, grupo responsável pela nota técnica
que baseou o parecer do Iphan, a obra pode causar desmatamento, prejuízos às
comunidades tradicionais e danos à fauna e à flora.
Em nota, a Casa dos Ventos,
responsável pela obra, esclarece que, durante a fase de implantação dos
parques, as atividades de desmonte de rochas e de movimentação de terra seguem
as melhores práticas da engenharia, sendo todas elas validadas com o Iphan no
processo de licenciamento arqueológico.
Agência Brasil
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