Modelo de gestão do Programa Opera Paraíba é apresentado à Secretaria de Saúde do Recife (PE).
A Secretaria de Estado da
Saúde (SES) recebeu nesta terça-feira (21) uma comissão de representantes da
Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), em Pernambuco, para conhecer o modelo de
gestão do Programa Opera Paraíba. A reunião teve o objetivo de trocar experiências
sobre o programa e apresentar soluções que possam ser implantadas na capital
pernambucana. Criado com o objetivo de zerar a fila de cirurgia eletivas no
estado, o Opera Paraíba despertou a atenção de outros estados e do Ministério
da Saúde, após superar a meta de mais 20 mil cirurgias nos dois primeiros anos
e ampliar os procedimentos para as áreas de pediatria e saúde da mulher.
Na reunião desta
terça-feira, foi apresentado o modelo de regulação, realizado em parceria com a
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por meio do Núcleo de Tecnologia em
Saúde (Nutes), que criou o sistema utilizado atualmente na regulação de
pacientes. De acordo com o secretário executivo de saúde, Ari Reis, a parceria
foi essencial para modernizar e ordenar o sistema de gestão de leitos, que
possibilitou a condução do programa. “Recebemos com satisfação outros estados e
municípios para apresentar os avanços que tivemos na saúde da Paraíba. Sem
dúvidas, o modelo do Programa Opera Paraíba, bem como a nossa padronização das
esferas de regulação estadual, pode auxiliar a rede de saúde em outros estados
e municípios", pontuou
Além do Centro de Regulação
Estadual, foi apresentado ainda o fluxo operacional da rede hospitalar estadual
e a Caravana da Rede Cuidar, para ilustrar o método de telemedicina adotado na
rede especializada. “Começamos a regulação para organizar a gestão de leitos na
pandemia de Covid-19 e em seguida ampliamos para a rede maternoinfantil e
cardiológica, o que possibilitou a criação e o funcionamento do Programa
Coração Paraibano, que atende aos 223 municípios do nosso estado. Temos um
leque de potencialidades na nossa rede de atenção estadual que podem servir de
espelho para outras gestões" reforça, Ari Reis.
Já para a secretária
executiva de Regulação Média e Alta Complexidade do Recife, Anna Renata Lemos,
o momento foi fundamental para a troca de experiências, sobretudo a respeito
dos detalhes técnicos que podem futuramente viabilizar um modelo no município
do estado vizinho. "Soubemos da Paraíba como experiência exitosa com o
Opera Paraíba e viemos conhecer a estratégia e a solução tecnológica para poder
também acompanhar e dar acesso à população, para que ela saiba que a ação está
sendo executada, saber quais são os caminhos. A Prefeitura do Recife vem
investindo na transformação digital e com a complexidade da saúde é muito
importante conhecer estes processos", explica.
Além da experiência de
gestão e inovação, ela pontuou que o programa está alinhado com as necessidades
enfrentadas no município, neste período pós-covid-19, no qual há uma demanda
reprimida de pessoas que aguardam por procedimentos cirúrgicos. "Outra
pauta muito importante é a questão dos mutirões, a gente viveu um período de
pandemia onde a gente teve grande parte das nossas ofertas de serviços
suspensas, o que nos gerou uma grande demanda reprimida, herança dessa pandemia
e isso é uma pauta importante para que a gente faça a gestão dessa fila num
tempo oportuno", finalizou a secretária.
O Programa Opera Paraíba tem
realizado em média 2 mil cirurgias por mês e já totaliza mais de 35 mil
procedimentos em diversas especialidades. São procedimentos diários, realizados
nos 34 hospitais da rede estadual para atender a demanda de usuários
cadastrados por meio do site do programa, bem como das triagens enviadas pelos
municípios. Além de facilitar o acesso às cirurgias, o Opera Paraíba também
diminui o deslocamento dos pacientes, uma vez que os mutirões são realizados
próximo à área de residência dos pacientes.
Por Assessoria
Nenhum comentário