Na Paraíba, 694 mil famílias recebem média de R$ 663 do Bolsa Família em março.
Recursos para pagamento do
programa do Governo Federal no estado superam R$ 453 milhões. Mês registra recorde histórico
de investimento e de valor médio de repasse.
O novo Bolsa Família chega a
mais de 694 mil famílias da Paraíba em março, a partir de um investimento de R$ 453,8 milhões em recursos
federais. O valor médio do benefício para os 223 municípios paraibanos é de R$ 663,20, um recorde na
história do programa de transferência de renda do Governo Federal para o
estado.
João Pessoa é o município
com maior número de beneficiários. São 92.717 na capital paraibana, que recebem
uma média de R$
660,70 a partir de um investimento de R$ 61 milhões. Outros quatro municípios do estado somam
mais de 15 mil beneficiários: Campina Grande (33.215), Bayeux (19.308), Santa
Rita (17.940) e Sousa (15.474).
Em sua nova versão, o Bolsa
Família assegura o repasse mínimo de R$ 600
e traz como principal novidade o Benefício Primeira Infância, que garante um
adicional de R$ 150
a cada criança entre 0 e 6 anos na composição familiar. São 8,9 milhões de
meninos e meninas nessa faixa etária em todo o país, e um investimento de R$ 1,3 bilhão do Governo
Federal. A base de dados de março registra, ainda, que 17,2 milhões das
famílias têm como responsável uma mulher: 81,2% do total.
Em março, 256.126 crianças
de até seis anos serão contempladas na Paraíba com o Benefício Primeira
Infância. Para isso, estão reservados R$ 37,9 milhões dos mais de R$ 453 milhões destinados ao estado. A exemplo do que ocorre
em todo o país, a Paraíba segue a tendência de predominância de famílias
chefiadas por mulheres no programa. Neste mês, mais de 554 mil lares
contemplados pelo Bolsa Família no estado têm mulheres como a responsável
familiar, o que equivale a 79,8% do total de beneficiários.
O primeiro mês do calendário
de pagamentos do novo Bolsa Família estabelece dois marcos inéditos na história
dos programas de transferência de renda do Governo Federal. Um total de 21,1
milhões de famílias receberá um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado. Além disso, os mais de R$ 14 bilhões de investimento
representam o recorde mensal do programa.
PAGAMENTO ESCALONADO -- Como
habitual no Bolsa Família, o pagamento é escalonado. O cronograma tem início
nesta segunda, 20/3, para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de
final 1. Os repasses seguem até o dia 31. A partir de junho, o valor investido
crescerá, pois haverá um adicional de R$ 50 a cada integrante da família com idade entre sete e
18 anos incompletos e para gestantes.
Mais do que uma ação de
transferência de renda, o Bolsa Família é um instrumento da estratégia de
redução da pobreza, de combate à fome e de promoção da educação e da saúde do
Governo Federal. Até por isso, o programa volta a enfatizar condicionalidades
estratégicas, como a exigência de frequência escolar para crianças e
adolescentes de famílias beneficiárias, o acompanhamento pré-Natal para
gestantes e a atualização do caderno de vacinação com os imunizantes previstos
no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
ESTADOS E REGIÕES -- Bahia,
São Paulo e Rio de Janeiro são os três estados com maior número de
beneficiários do Bolsa Família em março. Na Bahia 2,56 milhões de famílias
estão contempladas em 417 municípios, a partir de um investimento de R$ 1,6 bilhão. Em São Paulo há
2,55 milhões de beneficiários em 645 municípios, e um aporte de R$ 1,7 bilhão do Governo
Federal. No Rio, são 1,8 milhão de famílias em 92 municípios, com repasse de R$ 1,2 bilhão.
No recorte regional, o
Nordeste concentra o maior número de beneficiários do país. São mais de 9,73
milhões de famílias. O valor destinado ao pagamento nos 1.794 municípios da
região supera R$ 6,3
bilhões. Desse valor, R$ 537
milhões são destinados ao Benefício Primeira Infância. Em média, cada família
nordestina recebe R$
662,63.
A segunda região com maior
número de contemplados é a Sudeste. Lá, mais de 6,31 milhões de famílias serão
atendidas em março com valor médio de R$ 669,77. Ao todo, R$ 4,2 bilhões serão repassados a lares de 1.668
municípios, sendo que R$
403,24 milhões serão destinados ao pagamento do Benefício Primeira Infância.
A Região Norte reúne 2,59
milhões de famílias contempladas em 450 municípios. O valor médio do benefício
é de R$
685,97 e serão transferidos mais de R$ 1,7
bilhão. O Benefício Primeira Infância responde por R$ 187,35 milhões desse total.
Na Região Sul, mais de 1,41
milhão de famílias, em 1.191 municípios, receberão um benefício médio de R$ 682,91. O repasse é de R$ 962,39 milhões, dos quais R$ 109,40 milhões são
destinados ao Benefício Primeira Infância.
Já a Região Centro-Oeste
terá 1,13 milhão de famílias contempladas em 467 municípios. O benefício médio
é o mais alto do país: R$
688,73. Mais de R$
776,25 milhões serão transferidos, com R$ 93,98 milhões voltados para o Benefício Primeira
Infância.
QUEM RECEBE -- O Bolsa
Família é voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e
social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de
elegibilidade, como apresentar renda classificada como situação de pobreza ou
de extrema pobreza. Com a nova legislação, têm acesso ao programa as famílias
que têm renda de até R$ 218
por pessoa. As famílias precisam ter os dados atualizados no Cadastro Único e a
seleção considera a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas
em cada município e o limite orçamentário.
INSCRIÇÃO -- A inscrição
pode ser feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência
social no município. Em caso de dúvidas sobre o Bolsa Família, confira
perguntas e respostas sobre o programa.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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