Entenda os benefícios da vacinação contra a Covid-19 em crianças e adolescentes.
Pesquisa revela que, embora
a doença seja a que mais preocupa os pais, quase 70% deles dizem que a
desinformação chegou a interferir na decisão de vacinar as crianças.
A campanha de desinformação
feita contra as vacinas nos últimos anos fez com que pais, mães ou responsáveis
ficassem temerosos quanto à importância da imunização das crianças. No caso da
Covid-19, um estudo da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), feito a
pedido da fabricante Pfizer, revela um dado curioso: no Brasil, 59% dos pais de
crianças e adolescentes de até 14 anos dizem que a doença é a que mais os
preocupa, mas 31% não reconhecem que as vacinas protegem de formas graves da
doença.
A pesquisa também aponta que
67% dos entrevistados dizem ter recebido algum tipo de fake news sobre a
vacina, e 35% afirmam que tal informação levou à hesitação vacinal. O
levantamento informa, ainda, a grande resistência de parte dos pais
entrevistados em proteger os filhos: 14% dos participantes afirmam
categoricamente que não vão vacinar suas crianças contra a Covid-19.
De acordo com o diretor do
Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde,
Eder Gatti, o Brasil tem um desafio grande que é enfrentar o movimento
antivacina que prejudica a proteção das crianças. “As vacinas são seguras,
testadas, aprovadas e salvam vidas. Elas ajudam a impedir casos graves e mortes
pela doença nas crianças e novas ondas de transmissões, sobretudo pelo
surgimento de variantes”, ressalta.
A imunização é uma das
prioridades do governo federal, por meio do Ministério da Saúde. Já no início
da nova gestão, a Pasta lançou o Movimento Nacional pela Vacinação para
recuperar as coberturas vacinais no Brasil. Além disso, o foco da ação é
aumentar a proteção entre crianças, porque isso tem impacto direto na
imunização da população em geral, não só para as vacinas Covid-19, mas para
todas as demais do Calendário Nacional.
Entenda porque é importante
vacinar as crianças:
👉Melhor meio de prevenção: as
vacinas Covid-19 são a forma mais segura para proteção contra as formas graves
da doença. O imunizante estimula a produção de anticorpos, ou seja, garante
que, caso o organismo entre em contato com o vírus, o corpo possa combater o
agente infeccioso antes que a doença se instale ou seja agravada;
👉Confiabilidade: todas as
vacinas têm eficácia e segurança comprovadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguem orientações da Organização Mundial de
Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para aplicação. Os imunizantes passam por
um rigoroso processo de estudo de qualidade antes de serem incorporadas ao
Sistema Único de Saúde (SUS);
👉Segurança na avaliação: o
processo de avaliação da vacinação infantil contou com acompanhamento de
especialistas em pediatria e imunizações, com contribuições da Associação
Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira
de Imunizações (SBIm) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);
👉Segurança na aplicação: para
facilitar a identificação do imunizante pelas equipes de vacinação e, também,
pelos pais, mães e responsáveis que acompanham as crianças, são utilizadas
diferentes cores de tampa nos frascos. Essa é uma estratégia para evitar erros
de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes
faixas etárias;
👉Reações são raras: as
reações ocorrem, em média, em um caso a cada 100 mil doses aplicadas. Se
comparado, o risco de complicações pela própria Covid-19 é muito superior ao
risco de reações graves pela vacinação. A doença já matou mais de 700 mil
pessoas no Brasil desde o início da pandemia.
Nathan Victor/Ministério da Saúde
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