Boletim semanal de síndromes respiratórias aponta mais de 1,2 mil registros de casos graves neste ano.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta
segunda-feira (29), o Boletim Epidemiológico semanal de síndromes
respiratórias, com dados atualizados dos agravos no estado. A publicação aponta
que, até o dia 27 de maio, a Paraíba totaliza 1.292 registros de casos graves,
o que corresponde a 26% de registros quando comparado com a última semana.
Nas últimas Semanas Epidemiológicas (20 e 21) prevalece a
detecção dos vírus Sincicial (VSR), Influenza B e SARS-CoV-2 dos casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dos casos notificados, observa-se 564
casos confirmados em exames de RT-PCR que deram positivo para síndrome
respiratória, com predominância geral na faixa etária menor de 1 ano, com 46,41%.
Desse total, ao se observar os vírus, percebe-se maior quantitativo da faixa
etária menor de 1 ano para Vírus Sincicial (VRS) representando 66,45%.
O boletim aponta ainda que os vírus Sincicial (VRS),
Influenza B e Rinovírus seguem com maior percentual de identificação. Até o
momento, 31 vidas foram perdidas para as síndromes respiratórias não covid.
Deste total, 14 tinham entre 15 dias e 9 anos de idade e ocorreram nos
municípios de Alagoa Grande (1), Cabedelo (1), Conde (1), João Pessoa (4),
Monteiro (2), Santa Luzia (1), Sapé (2) e Sousa (2). No momento, a Paraíba
possui três óbitos em investigação, sendo dois de crianças e um em adulto.
O secretário de Saúde, Jhony Bezerra, destaca que o
monitoramento de casos agravados, que necessitam de um atendimento hospitalar
vem sendo intensificado para identificar e acompanhar o cenário epidemiológico.
"É por meio desta vigilância que podemos analisar a letalidade dos vírus,
os que possuem circulação predominante em nosso estado e com estes dados
podemos melhorar a assistência ofertada à população", ressalta.
O registro dos casos suspeitos de SRAG deve ser realizado por
todos os estabelecimentos de saúde que atendem os pacientes hospitalizados e
alerta que este é o período sazonal para vírus respiratórios.
Além da identificação, o secretário reforça ainda a
importância de a população se manter protegida contra a forma grave das doenças
respiratórias por meio da vacina. “É importante manter cartão vacinal
atualizado com a vacina contra Influenza, que previne contra tipo A e B, além
da vacina contra Covid-19. Os municípios estão abastecidos e vêm lançando mão
de estratégias para melhorar o acesso da população aos imunizantes. Nós estamos
constantemente fazendo esse chamamento para que possamos salvar mais vidas. As
vacinas são seguras e podem proteger a parcela mais vulnerável da população que
são as crianças e os idosos”, finaliza o secretário.
Até o momento, a vacinação contra influenza atingiu 66,8% de
cobertura nos públicos prioritários. O público infantil (crianças de 6 meses a
menores de 6 anos) registrou a aplicação de 192.253 doses e tem cobertura de
59,70% do público alvo, que é de 312.277 crianças. Em relação aos idosos com
mais de 60 anos, o percentual de cobertura alcançado foi de 67,82%, com 390.992 doses. Apesar dos números
estarem subindo, ainda é preciso uma grande parte da população ser vacinada,
para atingir a meta de 95% de vacinação contra a gripe.
Secom PB
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