Filho confessa que matou professora em Cuité, PB, porque nutria ódio por ela, diz polícia.
Segundo a Polícia Civil,
adolescente de 17 anos confessou ter matado a mãe com ajuda da namorada.
Dinâmica do crime foi explicada em coletiva de imprensa.
O adolescente filho da
professora Honorina Oliveira Costa (foto), morta em Cuité, interior da Paraíba, em
novembro de 2022, e a namorada dele, confessaram ter cometido o crime. O menino
disse à polícia que a motivação foi um ódio que ele nutria pela mãe. A
informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil
nesta quinta-feira (25).
O filho da vítima, de 17
anos, e a namorada dele, de 18 anos, estão detidos desde maio deste ano, quando
a investigação constatou a participação dos dois na morte da professora.
Anteriormente, o companheiro de Honorina, o policial militar Antônio Abrantes,
havia sido preso suspeito de participação no crime, mas segundo a Polícia
Civil, ele foi solto após o próprio filho da professora e sua namorada
confessarem ter matado a vítima.
Ainda segundo a polícia, o
filho disse que desde 2018 pensava em matar a mãe, e dois meses antes do crime
chegou a falar sobre o assunto com a namorada, que se dispôs a ajudá-lo.
Familiares afirmaram à polícia que a professora era uma boa mãe.
O adolescente também afirmou
que preferiu apontar que o pai era suspeito de matar a mãe para ele mesmo não
ser apreendido. A polícia confirmou que o adolescente é usuário de drogas.
De acordo com a Polícia
Civil, após a prisão do companheiro de Honorina as investigações seguiram e, a
partir da quebra de sigilo do celular do filho dela, foi possível concluir que
o adolescente percorreu o trajeto em direção ao local onde o corpo foi
encontrado, no próprio veículo da mãe, como comprovado em imagens de circuito
de câmeras.
O garoto afirmou
inicialmente à polícia que na noite do crime a mãe dele teria saído de casa
falando que iria encontrar o companheiro para acabar o relacionamento,
informação que, segundo a polícia, motivou a prisão temporária do pai dele.
Mas, ao longo da investigação, a polícia constatou que o adolescente mentiu em
depoimento.
Dinâmica do crime
Após ser apreendido, o
adolescente disse que o pai não sabia do crime. Ele afirmou que na noite do
crime teria chegado em casa com a mãe e que logo em seguida saiu sozinho em uma
motocicleta para buscar a namorada. Ele retornou até a residência da família e
auxiliou a companheira a entrar por trás da casa, pulando o muro, para que ela
não fosse vista pelas câmeras.
Ao entrar no local, a
namorada do adolescente jogou uma corda com a qual tentou estrangular a vítima,
que reagiu e começou uma luta corporal. O filho da professora então aplicou um
golpe conhecido como "mata leão", e a fez cair ao chão. A namorada
dele teria segurado a vítima, e o filho dela a estrangulou até a morte, segundo
o próprio adolescente afirmou em depoimento à polícia.
Após o crime, o filho de
Honorina preparou uma mala com pertences, como roupas e documentos da vítima,
na intenção de parecer que ela estava saindo de casa. Em seguida, colocou o
corpo da mãe no porta malas do carro e seguiu junto com a namorada até um posto
de combustíveis. Depois, eles apanharam pedras e foram até um açude, onde
amarraram os pés e as mãos da professora. A nora da vítima desferiu um golpe de
faca em seu abdômen, e depois o corpo foi jogado na água.
Os objetos usados no crime e
os pertences da vítima foram abandonados na volta do casal para a casa da
família, onde o casal dormiu. No dia seguinte, o adolescente foi para a escola
normalmente, e a sua namorada foi para a casa.
O filho da professora
Honorina de Oliveira Costa está apreendido no Lar do Garoto, em Campina Grande,
e deve responder por ato infracional semelhante ao crime de homicídio e
ocultação de cadáver. A namorada dele está presa no Presídio do Serrotão, e
deve responder por homicídio qualificado e corrupção de menor. Os dois seguem à
disposição da Justiça.
Relembre o caso
A professora Honorina de
Oliveira Costa, de 43 anos, foi executada com violência após um golpe de faca
na região do abdômen e o assassino tentou ocultar o seu corpo, amarrando nela
grandes pedras em cada um de seus membros e jogando o corpo no Açude do Cais,
de acordo com a Polícia Civil.
O corpo da vítima foi
encontrado em 5 de novembro de 2022, mas ela já havia desaparecido três dias
antes e a hipótese levantada pela polícia é de que o responsável pelo crime
tenha tentado ocultar o cadáver jogando no açude, já que vestígios de sangue e
outros indícios não foram encontrados nos arredores do local.
De acordo com a polícia, o corpo da professora acabou flutuando no açude. Ela foi encontrada por uma pessoa que passava pelo local, viu o corpo boiando, e chamou a polícia.
Por g1 PB
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