Prefeitos e prefeitas paraibanos vão a Brasília buscar solução para pagamento do piso da enfermagem.
Os prefeitos e prefeitas da Paraíba levarão a discussão sobre
o pagamento do piso da enfermagem pelos municípios para Brasília no próximo dia
30. A decisão foi tomada pelos mais de 150 gestores nesta segunda-feira (22)
durante encontro realizado pela Federação das Associações de Municípios da
Paraíba (Famup), em Campina Grande, e que contou com as presenças dos deputados
federais Romero Rodrigues e Murilo Galdino e os estaduais Tovar Correia Lima,
Fábio Ramalho e Sílvia Benjamin. A Federação defende PEC 25/22, que prevê a
ampliação em 1,5 ponto percentual ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
para que os municípios possam arcar com os custos do piso.
Durante o encontro, que também contou com a presença da
presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba
(Cosems-PB), Soraya Galdino, a Famup recomendou que os prefeitos e prefeitas
aguardassem a mobilização de Brasília, proposta pela Confederação Nacional de
Municípios (CNM), programado para acontecer no dia 30 desse mês, para então
decidir sobre o piso da enfermagem.
“A nossa defesa é para que o presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira, coloque para votação a PEC 25/22, que prevê a ampliação
em 1,5 ponto percentual ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Só
assim, os municípios terão condições de pagar aos profissionais da enfermagem.
Esse foi o ponta pé inicial para essa conquista”, destacou George Coelho,
presidente da Famup.
Os gestores defenderam ainda um recalculo por parte do
Ministério da Saúde para os repasses feitos aos municípios. Na Paraíba, muitas
cidades receberam bem menos que o esperado para pagar o piso até dezembro desse
ano. Segundo o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, o déficit chega a
R$ 1 milhão para o pagamento dos profissionais que trabalham pelo município e
aqueles que atendem nas unidades de saúde filantrópicas. “Todos nós, 100% dos
prefeitos, somos favoráveis ao pagamento do piso da enfermagem nos nossos
municípios, mas precisamos ter o apoio do Governo Federal para isso”, disse.
Vale destacar que o valor repassado para todos os municípios
brasileiros, de R$ 7,3 bilhões (sendo R$ 3,3 para os municípios), representa
apenas 1/3 da verba necessária para o pagamento do piso aos profissionais de
saúde.
Para o presidente da Famup, esse é um dos temas mais urgentes
a serem tratados pelo Congresso já que os municípios não têm condições de arcar
com os custos para garantir o pagamento do novo piso nacional dos enfermeiros e
técnicos de enfermagem.
A PEC 25/22 surgiu de debates na Confederação Nacional dos
Municípios (CNM). A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara
ainda deverá analisar a admissibilidade dessa proposta – se aprovado, o texto
passará por comissão especial antes de chegar ao Plenário.
Piso nacional – A Lei 14.434/22 definiu como salário mínimo
inicial para a categoria o valor de R$ 4.750, a ser pago pelos serviços de
saúde públicos e privados. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/22
prevê repasse estimado em R$ 9 bilhões anuais para cobrir as despesas pelas
administrações municipais.
Assessoria de Imprensa
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