É falso que vacinas contra gripe e Covid-19 causem doenças. Ministério da Saúde alerta sobre notícias mentirosas contra vacinação.
Circulação de desinformação prejudica as iniciativas para
ampliar as coberturas vacinais no país.
Muitas mentiras já foram inventadas para desestimular a
vacinação no Brasil. Sexta-feira (9), foi o Dia Mundial da Imunização. O
Ministério da Saúde alerta sobre a circulação de notícias falsas que prejudicam
as iniciativas de ampliar as coberturas vacinais no país e orienta que a
população busque informações nos canais oficiais para evitar desinformação.
“É muito importante não reproduzirmos vídeos e áudios para
outras pessoas sem checar se é verdadeiro primeiro. Espalhar notícia falsa
contra vacina é contribuir para aumentar o risco da volta de doenças muito
graves, como a pólio”, alerta a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Confira algumas fake news mais frequentes contra a vacinação
e saiba quais são as informações oficiais e confiáveis:
É falso que vacinas contra a influenza podem causar gripe.
Não, a vacina não causa a doença. O motivo é simples: a
vacina é composta por vírus inativados, fragmentados e purificados. Informações
mentirosas atribuem quadros de gripe ao período depois da aplicação da vacina.
A chamada reação é o corpo reconhecendo o antígeno e agindo para produzir
anticorpos que irão proteger o organismo contra o vírus que pode causar
sintomas graves e mortes. Além disso, sintomas podem ser decorrentes de uma
gripe que já tenha sido adquirida antes da vacinação.
É falso que vacina da gripe não pode ser aplicada com outras
vacinas.
Com o andamento da campanha de vacinação contra a gripe,
também circula nas redes sociais a falsa informação de que não se deve tomar a
dose contra a Influenza em conjunto com outras vacinas. O Ministério da Saúde
reforça que é seguro tomar a vacina da gripe junto a outros imunizantes.
É falso que imunizantes carregam ‘vírus e fungos do câncer’.
Isso é mentira. O Ministério da Saúde reitera que todas as
vacinas são seguras, passam por rigorosos testes e análises antes de serem
aplicadas na população. Não há comprovação científica quanto ao risco de
pessoas desenvolverem câncer por serem vacinadas.
É falso que vacinas contra a Covid-19 estão relacionados à
transmissão de HIV.
Mensagens mentirosas em redes sociais sugerem que vacinas
contra a Covid-19 estão relacionadas à transmissão do HIV, vírus causador da
Aids. A informação é erroneamente atribuída a estudos realizados no Reino
Unido. Atenção: isso é falso! As vacinas são comprovadamente seguras.
É falso que a vacina tríplice viral pode causar autismo.
É falso que exista relação entre a vacina contra o sarampo,
caxumba e rubéola e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com a
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), inúmeros estudos verificaram a
relação entre a vacina e a doença e nenhum encontrou qualquer evidência. Um dos
maiores, segundo a SBIM, foi divulgado em 2015 e avaliou mais de 95 mil
crianças nos Estados Unidos, de 2001 a 2012. A análise dos dados mostrou que a
vacinação com uma ou duas doses da tríplice viral não estava associada ao risco
aumentado de TEA em qualquer idade.
Vacine-se!
Não há motivo para você ir ao posto de saúde e deixar de
atualizar a caderneta de vacinação com mais de um imunizante. Além de testes de
eficácia e qualidade, as vacinas passam por análises de segurança. Se você
tiver alguma vacina pendente, busque a unidade de saúde mais próxima e vacine-se!
Nathan Victor - Ministério da Saúde
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