Hospital Metropolitano registra primeira doação de múltiplos órgãos de 2023.
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O fígado, os rins e as
córneas doados pela família de um homem de 47 anos, que teve a morte encefálica
confirmada após um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), vão ajudar a
transformar a vida de cinco pessoas. A doação dos múltiplos órgãos aconteceu na
tarde desta quarta-feira (7), após a autorização da família. O paciente estava
internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela
Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), desde o último dia 21 de
maio. Essa foi a primeira doação de órgãos registrada na unidade em 2023.
Após a entrevista familiar
positiva, a equipe da Central de Transplantes acompanhou todo o processo de
doação e realizou a identificação dos receptores dos órgãos, cadastrados em uma
lista nacional única.
Antes de iniciar o
procedimento de captação, colaboradores da instituição prestaram homenagem ao
paciente e à família do doador. Um corredor humano foi feito desde a saída da
UTI Clínica, onde o paciente estava internado, até o Bloco Cirúrgico, onde
aconteceu a captação dos órgãos. Segurando placas que incentivam a doação de
órgãos, os colaboradores e também alguns familiares de outros pacientes da
unidade, incluindo a esposa do recém-transplantado de coração, aplaudiram o
doador.
De acordo com a coordenadora
de enfermagem da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para
Transplante (Cihdott) do Metropolitano, Patrícia Monteiro, o agradecimento à
família doadora é importante. “Desde que abrimos o protocolo de morte
encefálica até a confirmação, feita com exames criteriosos, nós realizamos um
trabalho de acompanhamento e de esclarecimento junto à família do doador. O sim
desta família, que se sensibilizou com os outros pacientes que estão aguardando
um órgão na fila de transplante, é o que vai ajudar a salvar outras vidas. É
uma atitude nobre que sempre fazemos questão de agradecer”, completou.
O fígado vai ser recebido
por um homem de 61 anos, que está em João Pessoa; os rins foram aceitos pela
Central de Transplantes de São Paulo e as córneas foram levadas para o Banco de
Olhos da Paraíba.
“O sucesso de cada doação de
órgãos é resultado de uma complexa rede de colaboração e cooperação, envolvendo
diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais, condutores, e os hospitais. Também é importante destacar a essencial
participação das famílias doadoras. A generosidade dessas famílias é
verdadeiramente inspiradora e nos lembra da importância de solidariedade e
compaixão em momentos de adversidade,” destaca a diretora da Central Estadual
de Transplantes, Rafaela Dias.
Em 2023, a Paraíba já
registrou a realização de 108 transplantes, sendo 80 de córneas, quatro de
coração, 14 de rim, sete de fígado e dois de medula óssea. Ainda aguardam por
uma doação no estado, 445 pessoas.
Desde novembro de 2018, o
Hospital Metropolitano tornou-se um hospital doador, realizando, desde então, a
captação de múltiplos órgãos para transplante, tais como: córneas, rins e
fígado, que já beneficiaram pacientes que estavam na Fila Única da Central de
Transplante. Em setembro de 2019, a unidade recebeu o certificado de “Amigo do
Transplante”. O título enfatiza o compromisso em promover ações que incentivam
a doação de órgãos.
Referência em cardiologia e
neurologia, o Metropolitano recebeu o credenciamento para realização do
transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o
Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao
procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º
hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração
pediátrico.
Em 26 de março de 2022, a
unidade hospitalar realizou o primeiro transplante cardíaco 100% SUS pela
Paraíba. O paciente beneficiado foi um homem de 60 anos, que recebeu um novo
coração de um jovem de 20 anos. Em janeiro de 2023, foi realizado o segundo
transplante, em um paciente de 47 anos, que teve alta em menos de um mês. O
terceiro transplante aconteceu em abril de 2023, com o paciente tendo alta após
39 dias, e o quarto transplante cardíaco aconteceu em maio.
Assessoria
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