Lula: ferrovias são importantes para competitividade e soberania.
Em Ilhéus (BA), presidente
participa de cerimônia de início das obras de lote da Ferrovia Oeste-Leste e
diz que o Brasil será do tamanho que a gente quiser.
O presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, destacou o papel estratégico das ferrovias para a
competitividade e a soberania do Brasil, e disse que esse modal de transporte
será contemplado no novo plano de desenvolvimento, o PAC 3, a ser anunciado
ainda neste mês.
"Construir essa ferrovia não
é interesse de um ou outro empresário. É de interesse da soberania nacional a
gente fazer essa ferrovia e outras, para que a gente possa ter esse país
competitivo com qualquer outro do mundo. O Brasil será do tamanho que a gente
quiser que ele seja”-Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República.
Em cerimônia de início das obras
no lote 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em Ilhéus (BA), nesta
segunda-feira (3/7), o presidente adiantou outros projetos que estarão no plano
de desenvolvimento, como Água e Luz para Todos, além do Minha Casa Minha Vida
para construção de 2 milhões de novas moradias.
“Queria dizer aos empresários que
estão nessa empreitada para construir essa ferrovia que ela não é interesse de
um ou outro empresário. É de interesse da soberania nacional a gente fazer essa
ferrovia e outras, para que a gente possa ter esse país competitivo com
qualquer outro do mundo. O Brasil será do tamanho que a gente quiser que ele
seja”.
O presidente voltou a ressaltar a
importância de o governo oferecer estabilidade, credibilidade e previsibilidade
aos empresários interessados em investir no Brasil e voltou a falar sobre a
importância de fazer a economia crescer, gerar empregos e qualificar os
trabalhadores.
“Esse é o Brasil que nós
queremos. Um país em que as pessoas trabalhem, estudem, tenham oportunidade,
possam ter acesso a tudo o que produzem. Um país em que as pessoas possam comer
do bom e do melhor, se vestir do bom e do melhor, que possam viajar para onde
quiserem. Que as pessoas possam ser felizes”.
AUTONOMIA - Lula lamentou o fato
de o Brasil, com grandes siderúrgicas e produção de minério de qualidade, não
produzir mais trilhos nem dormentes e tenha que importar para ampliar a malha
ferroviária.
“Isso é um desafio para nós. Não
estou chamando a atenção de vocês. Estou chamando a minha atenção: Senhor Luiz
Inácio Lula da Silva, presidente desse país, é uma vergonha o Brasil estar
importando trilhos quando poderia produzir aqui no Brasil para gerar emprego no
país e mais possibilidade de crescimento da cidadania”.
1.527km - Em sua totalidade, de
1.527 km de extensão, a Ferrovia Oeste-Leste vai ligar o futuro Porto de Ilhéus
(no litoral da Bahia) ao município de Figueirópolis (no Tocantins), ponto em
que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul. A Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) e o Governo Federal trabalham para a concessão dos outros
dois trechos: a FIOL II, entre Caetité e Barreiras (BA), já com obras em
andamento, e a FIOL III, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda
licença de instalação.
Na cerimônia, o governador da
Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou o papel estratégico da Fiol para a Bahia e
o Brasil. A ferrovia, que no conjunto de três trechos somará 1.527 km, se
interligará com três portos – na Bahia, no Maranhão e em São Paulo –
consolidando uma infraestrutura importante ao país. O ministro Renan Filho
(Transporte) fez referência à importância da ferrovia para inserção da Bahia na
estratégia de desenvolvimento nacional. No trecho baiano, mais de 75% das
contratações são feitas na própria região.
Eduardo Ledsham, presidente da
Bamin, concessionária responsável pela ferrovia, disse que a empresa continuará
investindo para colocar a Bahia no cenário mundial com produtos de alta
qualidade. “Esperamos em breve anunciar outros projetos”, disse.
SUSTENTABILIDADE - A FIOL fará
uma integração ferroviária que consolida um corredor de escoamento de minérios
da região sul do estado e de grãos da região oeste. Quando estiver em plena
operação, estima-se uma redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na
atmosfera.
O primeiro trecho da ferrovia
(FIOL 1) liga as cidades baianas de Caetité e Ilhéus, percorrendo 537
quilômetros (km) de extensão e passando por 19 municípios. A FIOL 1 é dividida
em quatro lotes. Com investimento de R$ 1,5 bilhão e previsão de gerar 1.200
empregos, o lote 1F tem 127 km de extensão interligando os municípios de
Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongoji, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquarta.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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