Governo Federal lança Estratégia Nacional de Escolas Conectadas para levar internet a mais de 138 mil instituições até 2026.
Iniciativa, coordenada pelos ministérios das Comunicações e
Educação, terá investimento total de R$
8,8 bilhões para universalizar a conectividade na educação básica.
Governo Federal está promovendo o acesso à internet de
qualidade nas mais de 138,3 mil escolas de educação básica do Brasil. Nesta
terça-feira (26), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os
ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e Educação, Camilo Santana, lançam
a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A iniciativa, coordenada pelos
dois ministérios, vai reunir todas as políticas públicas em andamento com o
objetivo de universalizar a conectividade nas instituições de educação até
2026.
A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas é dividida em
quatro principais eixos de conectividade: implantar infraestrutura de rede de
acesso à internet em alta velocidade; disponibilizar acesso à internet com
velocidade adequada; instalação de redes Wi-Fi nas escolas; e fornecimento de
energia elétrica. Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, além de
universalizar a conectividade, o Escolas Conectadas vai fomentar a equidade de
oportunidades de acesso às tecnologias digitais no processo de ensino e
aprendizagem.
“Vamos contribuir com a aprendizagem digital e com o
aperfeiçoamento da gestão dessas escolas. Os professores poderão utilizar
recursos pedagógicos para melhor ensinar o conteúdo em sala de aula e os alunos
serão incluídos no mundo digital em que vivemos hoje. O Ministério das
Comunicações vai investir pesado para que todas as escolas públicas desse país
tenham uma internet de altíssima qualidade. É o Governo Federal promovendo
inclusão digital e social de norte a sul do Brasil”, ressalta Juscelino Filho.
Todas as mais de 138 mil escolas serão conectadas por fibra
óptica ou via satélite com uma velocidade de pelo menos 1 Mbps por aluno. Além
disso, as unidades de educação contarão com cobertura completa de rede Wi-Fi.
Já para as escolas que não possuem acesso a energia elétrica ou que possuem
somente acesso à energia elétrica de gerador fóssil será viabilizada a conexão
com a rede pública de energia ou disponibilizados geradores elétricos
fotovoltaicos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que a
estratégia vai além de levar a conectividade e inclui a cidadania digital
dentro dos currículos escolares das escolas públicas. "É importante o
alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular, incluindo a cidadania digital
dentro das competências digitais adequadas a cada etapa do ensino básico. O
acesso à internet é diferente para quem está nos primeiros anos e para quem
está no ensino médio” explicou o ministro.
O Nordeste é a região com a maior quantidade de escolas que
passarão a ter internet de qualidade, totalizando 49.953 instituições. Em
seguida está o Sudeste, com 40.365 escolas; o Norte, com 20.366; o Sul, com
19.826 unidades de educação; e o Centro-Oeste, com 7.845 instituições.
O Escolas Conectadas vai articular políticas de conectividade
de escolas criadas recentemente. São elas: Fust, Programa Aprender Conectado,
Lei de Conectividade (Lei 14.172/2021), Wi-Fi Brasil, Programas Norte e
Nordeste Conectados, Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), Programa
Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas (PBLE) e Programa de Atendimento de
Escolas Rurais.
Serão investidos R$ 8,8 bilhões para as ações
relacionadas às Escolas Conectadas. Desse total, R$ 6,5
bilhões são do eixo “Inclusão Digital e Conectividade” do Novo PAC, que serão
destinados para a implantação de conexão à internet e rede interna nas escolas.
Os recursos são provenientes de quatros fontes: Leilão do 5G, Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), Programa de Inovação
Educação Conectada (PIEC) e Lei 14.172 de 2021.
Os R$ 2,3 bilhões adicionais serão usados
para viabilizar os demais eixos da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas.
Os recursos são provenientes de três fontes: Lei 14.172/2021 - R$ 1,7 bilhão; Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) -
R$ 350 milhões; e Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT) - R$ 250 milhões.
A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas será gerida por
um Comitê Executivo coordenado pelo Ministério da Educação, Ministério das
Comunicações e Casa Civil da Presidência da República. Também terão representantes
no Comitê os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e de Minas e
Energia, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Telebras, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa (RNP).
O Comitê será responsável por estabelecer metas para os
objetivos do Escolas Conectadas e definir e publicizar parâmetros técnicos da
conectividade. As metas e documentos técnicos aprovados servirão como
referência para a atuação dos demais órgãos e colegiados, especialmente o Grupo
de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) e o
Conselho Gestor do Fust.
Ao Ministério das Comunicações compete propor soluções de
conectividade mais eficientes, de acordo com a realidade de cada escola. Já o
Ministério da Educação irá articular e coordenar ações necessárias para atingir
os objetivos junto aos estados, o Distrito Federal e os municípios.
Ascom/MCom
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