Polícia Federal aceita delação premiada de Mauro Cid.
Investigado nos casos de fraude de cartões de vacinas, da
minuta do golpe e da venda de joias e presentes recebidos pelo governo
Bolsonaro em viagens ao exterior, Cid foi ao STF no final da tarde de
quarta-feira (6) confirmar que fará a delação.
A Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação
premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL).
Segundo o blog apurou, Cid deu depoimentos à PF nos últimos
20 dias. O Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre
quais as condições para o acordo ser firmado. Além disso, a delação premiada só
passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda não há informações sobre qual será o foco da delação,
isso porque Cid é investigado em mais de um caso. Segundo os investigadores, o
ex-ajudante de ordens é suspeito de:
👉participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o
Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita;
👉tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo
Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;
👉participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de
Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
👉envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para
desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
👉envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.
No final da tarde de quarta-feira (6), Cid foi ao STF
confirmar que fará a delação. Ele foi de livre e espontânea vontade.
O juiz Marco Antônio realizou uma audiência com Mauro Cid e
seu advogado para verificar se o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL)
realmente quis fazer delação à Polícia Federal (PF). Agora, o ministro do STF
Alexandre de Moraes vai analisar se homóloga ou não a delação.
Em 28 de agosto, Cid passou mais de 10 horas depondo na sede
da PF, em Brasília, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para
desacreditar o sistema judiciário brasileiro. Naquela altura, o acordo já vinha
sendo negociado.
O blog procurou a defesa de Mauro Cid, mas não teve retorno.
Por Andréia Sadi – g1
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