Casos de Covid-19 crescem 441% em outubro no Brasil, indica Ministério da Saúde.
Na semana que se encerrou em 21 de outubro, foram notificados
47 mil novos casos da doença no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde,
também subiu o número de mortes pela infecção.
O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil cresceu
cerca de 441% na semana que se encerrou em 21 de outubro, em relação à
semanda anterior. Segundo dados do Ministério da Saúde, durante o período,
47 mil novos casos da doença foram contabilizados. Esse é o maior registro no
ano desde janeiro, quando foram notificados 157 mil casos.
Conforme o Ministério da Saúde, a maior incidência segue
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, com destaque para os estados de
Goiás, São Paulo e Minas Gerais, e o Distrito Federal.
Além no aumento de casos positivos, o número de mortes pela
doença também cresceu. Somente na última semana, foram contabilizadas 255
mortes. No período de 9 a 15 outubro, 135 mortes foram registradas. Os maiores
números foram contabilizados nos estados de São Paulo e Paraná.
De acordo com o infectologista Julival Ribeiro, a atual cepa
que está circulando no país — uma subvariante da Ômicron — tem alta
transmissibilidade entre as pessoas.
“A cepa que está circulando no Brasil e no mundo, conhecida
como Éris, segundo a Organização Mundial de Saúde, tem alta transmissibilidade
entre as pessoas. Porém, o que tem se observado no mundo inteiro e aqui no
Brasil são casos mais leves, que não requer hospitalizações. Entretanto, vale
lembrar, para os grupos de riscos, pode levar a casos mais graves e sérios”,
diz.
Para a infectologista Joana D’arc Gonçalves, o aumento no
número de casos da Covid-19 era esperado.
“São as ondas de aumento e que dependendo do comportamento da
população, dependendo de como a gente reage frente a esse aumento, sem
banalizar a doença e, sim, sendo consciente e responsável com relação às nossas
atitudes, a gente pode passar de forma tranquila por esse aumento de número de
casos. Mas lembrando que devemos ficar atentos e cuidar daqueles que venham a
complicar. E as unidades de saúde têm que estar vigilantes com relação a esse
aumento e a questão da vigilância genômica, que deve ser eficaz para buscar
tendências de complicações e cepas mais agressivas”, ressalta.
A infectologista ainda alerta para os cuidados que a
população deve continuar mantendo. “Todos nós precisamos de uma atenção. A
primeira delas é a vacina. A gente sabe que somente em torno de 16,7% da
população brasileira fez a vacina com a bivalente e essa protege melhor contra
as novas variantes do SARS-CoV-2."
A médica também orienta quanto ao uso de máscara.
]"A gente tem que saber qual é o nosso risco. Então, avalie o seu risco e
utilize a máscara em alguns ambientes: ambientes de pouca ventilação, ambientes
onde tem muitas pessoas, como transporte público, hospitais, elevadores."
"Se você tiver algum sintoma da doença, é melhor você
manter um certo distanciamento das demais pessoas. E aí o ideal é testar e
fazer um repouso com relação à exposição de outros indivíduos”, alerta Joana
D’arc Gonçalves.
Vacinação no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 29 milhões de pessoas
já receberam a vacina bivalente contra a Covid-19. Conforme a pasta, a
cobertura vacinal do imunizante é de 16,80% da população brasileira, abaixo da
meta de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde. Já em relação à vacina
monovalente, o ministério informa que mais de 518 milhões de doses foram
aplicadas.
O infectologista Julival Ribeiro destaca que é preciso
ampliar a recomendação de vacinas monovalentes para as novas variantes
da Covid-19 no Brasil. Segundo ele, o imunizante pode ser fornecido para
os grupos de alto risco, pois evita mortes e complicações graves.
“Vale lembrar que nos Estados Unidos nós temos agora
duas vacinas chamadas 'vacinas monovalentes', ou seja, com as cepas atuais
em relação ao coronavírus. Os Estados Unidos estão ofertando para a população
essa nova vacina monovalente para buscar maior estímulo das cepas que estão
circulando nesse momento aqui no Brasil e em outras partes do mundo”,
destaca.
De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da
pandemia de Covid-19 em 2020, foram contabilizadas 706.531 mortes pela doença
no Brasil e 37.905.713 casos confirmados no período.
Fonte: Brasil 61 -
Nenhum comentário