Incêndio atingiu cerca de 10% do shopping de Guarabira, na PB, diz bombeiros.
Universidade e dois restaurantes foram atingidos pelas
chamas. O teto da praça de alimentação desabou parcialmente e o fogo destruiu
também a entrada principal. Perícia vai investigar como o incêndio começou.
O incêndio que atingiu o Shopping Cidade Luz, em Guarabira,
na Paraíba, nesta sexta-feira (13), destruiu a estrutura de uma universidade,
de dois restaurantes, do teto da praça de alimentação e de parte da entrada
principal, segundo o Corpo de Bombeiros. Conforme o coronel Paiva Neto,
comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, apenas cerca de 10% do
shopping foi atingido pelas chamas.
“Percebemos, até pelas imagens, que foi um incêndio de
grandes proporções, mas se observarmos dentro do shopping, cerca de 90% da
estrutura está preservada. A perícia vai tentar identificar o foco inicial. A
gente sabe que o fogo começou nesta parte superior, onde funciona essa
instituição educacional, então precisamos saber o que tinha ali, se o fogo
começou em um equipamento eletrônico, em um ar condicionado, ou no gás de
cozinha de alguma copa”, disse.
O fogo começou no início da manhã e durou quase duas horas,
sendo controlado pelas equipes do Corpo de Bombeiros por volta das 10h44. No
momento do incêndio, crianças assistiam uma sessão especial de cinema, e o
shopping estava em pleno funcionamento, com aulas, inclusive, na universidade
atingida.
“Todo mundo foi evacuado em segurança. As pessoas seguiram o
protocolo de emergência, usando as saídas de emergência e isso possibilitou que
não tivéssemos nenhuma vítima”, disse o coronel. A operação de controle das
chamas contou com a ajuda de equipes de bombeiros de cidades vizinhas e também
de João Pessoa.
Em nota postada nas redes sociais, o Shopping Cidade Luz
agradeceu às instituições, empresas e voluntários da comunidade que ajudaram no
combate ao incêndio. "A rápida resposta dos envolvidos garantiu a
segurança de todos e o isolamento da área. Estamos trabalhando para
restabelecer nossas operações o quanto antes."
Perícia apura causa do incêndio
A perícia inicial no local do incêndio foi feita ainda na tarde
desta sexta-feira, após o rescaldo. De acordo com a capitã Jinarla Cruz, perita
de incêndio do Corpo de Bombeiros, o registro fotográfico do local já foi
feito, e funcionários que estavam no shopping na hora em que o fogo começou
devem ser ouvidos para ajudar a identificar as causas do incêndio.
“Já fizemos todo o levantamento no local, e estamos agora na
coleta de depoimentos. Precisamos reunir o maior número de informações
possíveis para conseguir fazer um laudo que traga todas as possibilidades confirmadas.
Fizemos os registros e a análise da estrutura do local, dos componentes, dos
móveis, de tudo que tinha tanto na parte da faculdade, que é a parte mais
degradada, quanto na parte inferior, onde estão os quiosques da praça de
alimentação”, disse.
Ainda de acordo com Jinarla, as imagens do circuito interno
de segurança do shopping estão sendo solicitadas e devem ajudar a perícia a
identificar como o incêndio começou. “Temos alguns registros de celulares, que
estão circulando nos grupos, e que mostram muita coisa, mas as câmeras de
segurança são um forte aliado para esta perícia, porque vai mostrar evidências
do que aconteceu”, completou.
A perícia deve ser concluída em até 30 dias, mas segundo a
perita, pode ser finalizada antes.
Shopping está interditado
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o shopping
permanece interditado completamente, uma vez que é preciso ser feita uma
análise por engenheiros para saber quais estruturas foram comprometidas.
“Aqui de fora a gente consegue observar que ficou completamente
degradada a parte superior onde encontrava-se a faculdade. A praça de
alimentação está preservada em sua grande maioria, uma vez que somente a
choperia e a sorveteria, na parte interna, foram atingidas”, disse a capitã
Jinarla.
Conforme a perita, além da análise estrutural, para saber
quais áreas devem permanecer interditadas e quais podem ser liberadas, as lojas
também devem fazer uma análise dos equipamentos e outros materiais de mobília,
uma vez que a fumaça e a água usada para combater as chamas podem ter causado
danos materiais.
Aulas foram suspensas
A Escola de Ensino Superior do Agreste Paraibano (EESAP), que
teve suas instalações destruídas no incêndio, publicou uma nota nas redes
sociais informando sobre a suspensão, por tempo indeterminado, das aulas na
instituição.
“As atividades acadêmicas estão temporariamente suspensas
como medida de precaução. O fogo foi controlado. Estamos em contato com as
autoridades para avaliar a situação e informaremos sobre a retomada das
atividades. Agradecemos imensamente pela compreensão e paciência de todos.
Juntos enfrentaremos esse desafio e em breve voltaremos às nossas rotinas
acadêmicas, mais fortes e unidos do que nunca”, diz o texto da instituição.
Por g1 PB
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