Novas ações de reflorestamento da caatinga com recursos do Projeto Sertão Vivo contemplam 145 municípios e mais de 37 mil famílias.
A implantação de políticas públicas com ações de
reflorestamento da caatinga, visando a proteção do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável, será intensificada na Paraíba com os recursos que
serão injetados pelo ‘Projeto Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em
Comunidades Rurais no Nordeste” – da ordem de R$ 150 milhões –, reforçando o
trabalho que já vinha sendo desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da
Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
O projeto da Paraíba aprovado no edital do ‘Projeto Sertão
Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste” vai
contemplar 145 municípios paraibanos, beneficiando mais de 37,6 mil famílias. A
iniciativa é do BNDES e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola
(Fida) e tem como objetivo apoiar e promover projetos que promovam o aumento da
resiliência climática da população rural do Semiárido do Nordeste brasileiro.
O projeto apresentado pelo Governo da Paraíba, por meio da
Semas, realizará ações para implantação e recuperação de áreas degradadas para
criação de corredores ecológicos no entorno das Unidades de Conservação,
recuperando as áreas com a implantação de sistemas agroflorestais, ampliando as
áreas em recuperação, aumentando o sequestro de carbono e a conservação da
biodiversidade.
Para a secretária de estado do Meio Ambiente e
Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, trata-se de um investimento muito
significativo para o Estado e para o meio ambiente. “Hoje certamente é um dia
muito importante para o nosso Estado. Através da contemplação desse edital,
poderemos avançar com a criação de ações e políticas públicas que visam à
proteção do Meio Ambiente, a recuperação da nossa caatinga e a promoção do
desenvolvimento sustentável”, disse a secretária.
Rafaela Camaraense, ainda destacou que a equipe da Semas
realizou um estudo levando em consideração os seguintes critérios:
vulnerabilidade climática, potencial de recuperação, disponibilidade de
recursos hídricos e áreas rurais coletivas, além de escolas rurais e técnicas
similares. “Serão 145 cidades contempladas e através dessas ações queremos
contribuir para a criação de práticas que proporcionem acesso à água, aumento
da produtividade e da segurança alimentar das famílias beneficiadas e a
promoção da redução das emissões de gases do efeito estufa”, destacou a
secretaria.
Na Paraíba, o Projeto Sertão Vivo prevê a realização de ações
de forma integrada e em parceria entre os órgãos governamentais do Estado como
Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária
(Empaer), Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca
(SEDAP), Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Paraíba (Procase) e Sudema,
além da participação de entidades como o Instituto Nacional do Semiárido
(INSA), Parque Tecnológico da Paraíba, Instituições de Ensino Superior,
Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural. Também devem participar
entidades do terceiro setor e sociedade civil organizada.
O projeto pretende a criação de uma rede de parceiros para
colaborar na identificação de desafios e implementação de soluções para a
formação de grupos de trabalhos multidisciplinares e a promoção de intercâmbios
estaduais e internacionais, para troca de experiências.
De acordo com o gerente executivo da Semas, Juan Mendonça, a
elaboração do projeto foi realizada com a colaboração de toda equipe de
gerência, “Levantamos os dados para apresentação do projeto e avaliamos quais
as cidades poderiam ser contempladas como o Sertão Vivo. Foram considerados
aspectos fiscais e, principalmente, a maior possibilidade de êxito através da
maior nota projetada”, afirmou.
Projeto Sertão Vivo - O edital lançado em julho deste ano
buscava selecionar até quatro propostas para receber apoio financeiro direto,
reembolsável e não reembolsável, provenientes do BNDES, Fida e Green Climate
Fund (GCF).
De forma inédita, todos os Estados da região Nordeste foram
contemplados e a iniciativa deve beneficiar 1,8 milhão de pessoas, o
equivalente a 439 mil famílias. Na Paraíba a previsão é que o projeto vai
beneficiar cerca de 37.648 famílias.
Assessoria
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