Número de testes positivos para covid mais que dobra em 1 mês, indica Abramed.
Segundo Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, em
setembro, houve um aumento de 73,2% de exames em comparação ao mês de agosto.
Os testes positivos para coronavírus mais que dobraram de
agosto para setembro de 2023. Em agosto foram realizados 26.530 testes de
Covid-19, com 11% de positividade. Já em setembro, os números saltaram para
45.957 com 23% de positividade. Os índices indicam um aumento de 73,2% no
número de exames e de 12 pontos percentuais na taxa de positividade. Os dados
são da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
Números parecidos foram detectados pelo Ministério da Saúde.
Na última semana de agosto foram notificados 12 mil casos da doença no país. Na
comparação com a última semana do mês de setembro, os casos detectados subiram
para 30 mil. A maior incidência dos casos está na região Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do país, com destaque para os estados de São Paulo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Distrito Federal.
De acordo o infectologista, Julival Ribeiro, a alta dos casos
está associada à baixa adesão da população à vacinação. Segundo ele, os
reforços da vacinação proporcionam um novo estímulo que aumenta a proteção em
relação à Covid-19.
“Nós sabemos que a vacina nos dá uma proteção durante certo
tempo e com o passar do tempo nós vamos perdendo essa proteção. Além do que,
sobretudo em pessoas idosas, pessoas com doenças crônicas, essas pessoas respondem
muito menos a vacinação do que as pessoas sadias. Portanto é muito importante
que as pessoas que nunca tomaram a vacina da Covid, ou seja, o esquema básico,
façam isso. E aquelas pessoas que segundo o Ministério da Saúde tem que fazer
reforço com a dose bivalente da Pfizer, elas devem procurar também para
atualizar a sua vacina”, explica.
Ainda segundo o Ministério da Saúde mais de 29 milhões de
pessoas já receberam a vacina bivalente contra a covid-19. De acordo com a
pasta, a cobertura vacinal do imunizante é de 16,63% da população brasileira.
Estimativa essa que está muito abaixo da meta de 90% preconizada pelo
Ministério da Saúde. Já entre a vacinação monovalente mais de 517 milhões de
doses foram aplicadas.
Aposentada, Beatriz de Fátima descobriu a doença por meio de
um teste de farmácia. Ela conta que não chegou a completar o esquema vacinal e
como isso pode ter influenciado a intensidade dos sintomas da doença.
“Foram três dias bem ruins, dois dias com crise mais intensa.
Eu fiquei em isolamento social e doméstico por nove dias, repeti o teste, deu
negativo, e eu voltei à vida normal. Eu não tomei as doses de reforço da Covid,
eu só tomei três doses. Eu acho que foi até por isso que eu tive esses sintomas
tão fortes”, diz.
Nova variante tem alta transmissibilidade
Segundo o infectologista a atual cepa que está circulando no
mundo — a Éris, uma subvariante da Ômicron — tem alta
transmissibilidade entre as pessoas; porém, os casos notificados são mais
leves e não requer hospitalização. Entretanto, ele alerta para os cuidados que
devem continuar sendo tomados pela população, principalmente pelo grupos de
risco.
“As pessoas idosas, pessoas com doenças crônicas: hipertensa,
diabética, pessoas com câncer, pessoas com outras doenças imunossupressoras, ao
se deslocar para algum ambiente com baixa ventilação, devem usar uma máscara e
não esquecer de higienizar suas mãos. Sobretudo, volto a repetir: locais
aglomerados, fechados e com baixa ventilação”, ressalta.
Fonte: Brasil 61 -
Nenhum comentário