Covid-19 persiste mesmo com fim da pandemia; vacina é crucial nesse cenário.
Especialistas alertam para a importância de se completar o
processo de imunização
A fase crítica da Covid-19 passou após a pandemia, mas o
coronavírus segue em circulação em todo o país. Ao todo, foram aplicadas
518.496.432 vacinas. A dose de reforço, no entanto, não é prioridade entre os
brasileiros. Cerca de 84% da população ainda não recebeu uma dose adicional da
vacina, seja ela monovalente ou bivalente, segundo um estudo apoiado pela
Pfizer Brasil.
Um boletim da Fiocruz divulgou que, ao longo do ano de 2023,
foram notificadas 9.546 mortes decorrentes da Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG), sendo que 70,4% dessas mortes estavam associadas à COVID-19. Nas
últimas quatro semanas, observou-se um aumento significativo, com 82,5% dos
óbitos por SRAG relacionados ao coronavírus. Marcelo Daher,
infectologista e consultor da Sociedade Brasileira De Infectologia,
relembra a importância dos imunizantes:
“Temos casos de Covid-19 ocorrendo com bastante intensidade
neste mês no Brasil. A circulação do vírus, incluindo variantes, continua.
Destaco a presença da variante Ômicron, com diversas subvariantes em
circulação. Apesar da vacinação, ainda há transmissão e circulação do vírus,
resultando em casos, internações e óbitos relacionados à Covid-19 nos dias
atuais. A vacina desempenha um papel protetor nesse cenário”, diz.
Daher reforça que é crucial ter cuidado especialmente durante
esta época de fim de ano. As comemorações reúnem pessoas de diferentes grupos e
faixas etárias. É preciso tomar precauções não apenas para evitar adoecer, mas
também para não transmitir a doença a outras pessoas.
“Hoje, a vacina tem a capacidade comprovada de proteger
contra casos graves da doença. Existem vários dados que confirmam sua eficácia,
aumentando os níveis de anticorpos e reduzindo a chance de a doença se
agravar”, completa.
O gestor de políticas públicas Caio Leal, brasiliense de 28
anos, afirma ter ganhado uma sensação maior de segurança e saúde após tomar a
dose adicional.
“Em alguns ambientes, sei que estive em contato com pessoas
que recentemente tiveram COVID-19, mas de alguma forma, não fui infectado.
Certamente, atribuo isso à vacinação e destaco a importância de encarar esse
processo não apenas como uma medida individual para se manter saudável e
confiante, mas também como um ato coletivo de proteção às outras pessoas”,
declara Caio.
Também é o caso da arquiteta Camilla Rodrigues, 23 anos,
moradora do Distrito Federal. Camilla conta que contraiu a doença em agosto do
ano passado, já com três doses da vacina. Como resultado, teve sintomas não tão
intensos.
“Recentemente, no último mês, no dia 4, recebi a vacina
bivalente e não tive muitas reações, foi bastante tranquilo em comparação com
as reações que tive com as doses anteriores”, diz a arquiteta.
Fonte: Brasil 61 -
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