Operação da PF investiga desvio de recursos para alimentação no Hospital de Clínicas de Campina Grande.
Contratos com dispensa de licitação eram em torno de R$ 8,7
milhões. Justiça bloqueou bens dos investigados, que não tiveram os nomes
divulgados.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã
desta sexta-feira (24) em uma operação da Polícia Federal que investiga desvio
de recursos públicos destinados à compra de refeições para o Hospital de
Clínicas de Campina Grande (HCCG). Segundo a PF, os danos aos cofres públicos
seriam de quase R$ 8,7 milhões, e os investigados tiveram R$ 3,2 milhões
bloqueados pela Justiça.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que uma nota
sobre o assunto deve ser divulgada ainda nesta sexta-feira.
Conforme a PF, as irregularidades teriam acontecido do início
de 2022 até agosto de 2023. A investigação teve início com a análise das
contratações feitas pelo hospital visando a aquisição de refeições prontas,
destinadas a funcionários e pacientes, com recursos do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Na investigação, a polícia constatou que os responsáveis
pelos desvios não realizaram a licitação, mas fizeram contratações diretas, por
meio de dispensas de licitação e termos de ajuste de contas, com favorecimento
de empresa e preços acima dos praticados em procedimentos licitatórios
semelhantes.
Todos os mandados foram cumpridos em Campina Grande, e a PF
não divulgou quem são os investigados na Operação Marasmo. O nome da operação é
alusiva à doença de mesmo nome, bem como à morosidade na condução do
procedimento licitatório que deveria ter sido realizado e cuja pendência foi
utilizada como justificativa para as contratações diretas.
Por g1 PB
Nenhum comentário