Orçamento de 2024 é aprovado com recurso bilionário para campanhas eleitorais.
Imagem ilustrativa - Reprodução/Internet
Com críticas ao Fundo Eleitoral, principal ponto de debate
entre os parlamentares, o Orçamento da União para 2024 (PLN 29/2023) foi
aprovado no Congresso Nacional nesta sexta-feira (22), no valor de R$ 5,5
trilhões.
No texto original enviado pelo governo o valor destinado às
campanhas eleitorais municipais do próximo ano era de R$ 939,3 milhões. O
destaque apresentado pelo partido Novo foi rejeitado e fica valendo os R$ 4,9
bilhões apresentados pelo relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). Segundo
ele, a diferença será retirada das reservas para as emendas de bancadas
estaduais.
Houve ainda a tentativa de negociar um valor intermediário,
de cerca de R$ 2,7 bilhões — próximo ao gasto nas eleições municipais de 2020.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se manifestou contra o valor.
“De fato eu considero que é um equívoco nós estabelecermos um
valor para eleição municipal no parâmetro de uma eleição geral para
presidente. O mais correto, na minha opinião, seria o valor da última eleição
municipal em 2020 e fazer as devidas correções e definir um valor que
ficaria bem abaixo desse valor. Mas, embora, essa seja minha posição, o que
vale é a vontade da maioria”, comentou.
Na última sessão do ano, os parlamentares também questionaram
os recursos para as comissões permanentes. O senador Eduardo Girão (Novo-CE)
criticou a falta de critério para as verbas.
“Uma comissão de educação, que a gente ainda diz que o Brasil
precisa priorizar a educação, R$ 7,9 milhões. Isso é uma piada. Vai R$ 4 bi
para o desenvolvimento regional e R$ 7,9 milhões [para educação]. E a Comissão
de Meio Ambiente é pior ainda, R$ 550 mil. Então, critério é zero”,
criticou.
Já o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), considerada
a principal iniciativa do governo para desenvolver a economia através de
investimentos, teve corte de R$ 6 bilhões. O Executivo propôs cerca de R$ 61
bilhões, que foram inicialmente reduzidos para R$ 44 bilhões. No final, o
valor ficou em torno de R$ 55 bi.
Pelo texto, o salário mínimo passa dos atuais R$ 1.320 deste
ano para R$ 1.412, em 2024. O valor é R$ 9 menor do que os R$ 1.421 que constam
no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). A mudança ocorre por causa da
variação da inflação acumulada neste ano.
Antes da votação em plenário, a proposta do orçamento
passou na quinta-feira (21) por votação na Comissão Mista de Orçamento
(CMO).
Fonte: Brasil 61 –
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