Termina dia 22prazo para estados, municípios e DF manifestarem interesse em retomar obras paralisadas e inacabadas.
Quem já manifestou interesse terá mais 60 dias para responder
à diligência inicial.
Os estados, municípios e o Distrito Federal têm mais uma
semana para aderir ao Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica
e Profissionalizante. Termina na sexta-feira (22) o prazo para os interessados
em retomar obras paralisadas e inacabadas. O tempo de conclusão é de 24 meses,
após a efetiva retomada. Se for necessário, pode ser prorrogado mais uma vez
pelo mesmo período. O advogado especialista em direito
administrativo Rafael Moreira Mota, com atuação no setor de
infraestrutura, diz que já existe um orçamento, mas eles precisam ser
devidamente aplicados na área de educação.
“Em relação à educação, há os investimentos diretos, como as
obras de infraestrutura contemplam, por exemplo, construção de creches, escola
de tempo integral, a modernização e expansão de institutos de universidades
federais”, cita.
De acordo com o Ministério da Educação, aqueles que receberam
as diligências técnicas iniciais realizadas pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e já manifestaram interesse, mas que ainda
não deram retorno, terão mais 60 dias de prazo para a resposta. Conforme a
pasta, a iniciativa foi necessária porque a extinção dos efeitos da Medida
Provisória (MP) n°1.174 provocou prejuízos à interpretação por parte dos entes.
As alterações estabeleceram novo prazo para adesão por parte dos entes
federativos ao Pacto.
Infraestrutura e educação
A professora e pesquisadora da Coventry University e do
programa de pós-graduação em engenharia civil da Universidade Federal de
Pernambuco, Viviane Falcão, explica que existe uma relação direta entre
infraestrutura e educação.
“A educação necessita da infraestrutura para que ela consiga
dar o mínimo de conforto para os estudantes, para os professores, para todos
aqueles que trabalham no âmbito educacional”. Ainda de acordo com a
especialista, uma obra parada dificulta ainda mais na boa educação que depende
também de bons ambientes de estudo.
Na opinião do advogado especialista em direito educacional
Henrique de Mello Franco, ainda não existe uma previsão legal para o setor
educacional manter estruturas adequadas de ensino.
“Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação é dito que não se
pode constituir como despesas educacionais determinadas despesas, dentre as
quais obras de infraestrutura ainda que realizadas em favor da rede escolar.
Então realmente no âmbito federal há pouca legislação no que trata de
infraestrutura física para o ensino”, avalia.
Ao todo são 5.641 obras na área da educação, com investimento
aproximado de R$ 5,7 bilhões. Com aporte de R$ 882.878.305,30, o Maranhão segue
na lista com 867 construções que precisam dar continuidade. Pará e Bahia vêm
logo atrás com 620 e 616 respectivamente.
A estimativa do governo é criar 1,2 milhão novas vagas na
rede pública de ensino em todo o Brasil. Para aderir ao programa, os entes
federativos precisam realizar todos os procedimentos descritos no Balcão
Virtual do FNDE. A iniciativa abrange obras de escolas de educação infantil e
ensino fundamental e profissionalizante, além de reformas e ampliações de
infraestruturas educacionais, como quadras e coberturas de quadras
esportivas.
Fonte: Brasil 61 –
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