Brasil registra mais de 34 mil casos de Covid em uma semana.
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde,
em comparação com a semana anterior o número de casos sofreu um aumento de 70%
O número de casos de Covid-19 no Brasil aumentou 70% na
Semana Epidemiológica 2, de 7 a 13 de janeiro. Durante o período,
foram registrados 34.050 novos casos da doença, enquanto na semana
anterior foram notificados 19, 950 casos positivos. Os dados são do Conselho
Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Ainda segundo o Conass, durante o período foram notificadas
260 mortes em decorrência da doença. No Brasil, desde o início da pandemia
forma contabilizadas 708.999 mortes pela doença. Ao total, 38.264.864 casos de
Covid foram confirmados desde 2020.
Para o infectologista Julival Ribeiro, a alta de casos da
doença já era esperada. “Nós estamos com uma cepa mais transmissível no Brasil,
sendo a JN.1. Com as aglomerações que ocorreram no Natal e no réveillon, já era
esperado esse aumento de casos. Sobretudo festas sem muita ventilação, com
aglomerações. Isso facilita a circulação do coronavírus”, explica.
Segundo o Ministério da Saúde, a variante JN.1 foi
identificada pela primeira vez em agosto de 2023, no Ceará, e desde então vem
ganhando proporção global, correspondendo a 3.2% das detecções no mundo. Já a
sub linhagem JN.3, também verificada no estado nordestino, vem sendo monitorada
pelo ministério nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), as subvariantes já foram encontradas em 47
países.
Vacinação no Brasil
Ainda segundo o Ministério da Saúde, mais de 32 milhões de
pessoas já receberam a vacina bivalente contra a Covid-19. De acordo com a
pasta, a cobertura vacinal do imunizante é de 18,27% da população brasileira.
Estimativa essa que está muito abaixo da meta de 90% preconizada pelo
Ministério da Saúde. Já entre a vacinação monovalente, mais de 518 milhões de
doses foram aplicadas.
Em janeiro desse ano, o Ministério da Saúde passou a
recomendar uma dose anual da vacina para grupos prioritários, que possui maior
risco de desenvolver formas graves da doença e a inclusão da vacina Covid-19
pediátrica no Calendário Nacional de Vacinação.
O médico infectologista destaca que a vacinação é o principal
meio de proteção contra a doença. “A sociedade tem que estar pensando que a
Covid-19 não acabou. A vacinação é a coisa mais importante para prevenir a
Covid, sobretudo para aqueles que adquiriram a Covid terem casos menos graves”,
ressalta.
O infectologista completa que é necessária uma atualização
nas vacinas contra a covid-19, principalmente com as novas variantes. “Por
exemplo, nos Estados Unidos já temos a vacina com as cepas mais atuais, que vai
dar um novo estímulo a resposta imunológica em relação à Covid-19. Eu espero
que em breve tenhamos essa vacina monovalente aqui no Brasil”, diz.
Ribeiro ainda ressalta outras medidas de prevenção que as
pessoas devem manter.
“Se as pessoas estiverem com sintomas gripais, ela deve usar
uma máscara e se dirigir a uma unidade de saúde para testar se a influenza,
covid ou outro vírus respiratório. As pessoas de riscos, por exemplo, pessoas
idosas, pessoas com comorbidade se forem para locais fechados, com baixa
ventilação e aglomerado, eu sugiro que essas pessoas usem a máscara e continue
fazendo a higienização das suas mãos. É importante lembrar que uma vez que eu
tomo essas medidas de prevenção e também a vacina, além de me prevenir, estou
também evitando a transmissão para outras pessoas”, destaca.
Fonte: Brasil 61 -
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