Ministério da Saúde, estados e municípios unem esforços para ações de enfrentamento da dengue.
Momento é de intensificar os cuidados e unir esforços para
eliminar os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Desde o ano passado, o Ministério da Saúde, estados e
municípios estão em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário
epidemiológico do Brasil, coordenando uma série de ações para o enfrentamento
das arboviroses, unindo esforços e trabalhando pela conscientização sobre
medidas de prevenção em todo o território nacional.
Diante do aumento do número de casos de dengue no Brasil,
ressaltamos que o momento é de intensificar os cuidados e unir esforços para
eliminar os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Essa é a principal forma de evitar a transmissão das doenças. Não deixar água
parada e estar atento aos locais que podem se tornar criadouros do mosquito em
casa é fundamental, já que cerca de 75% dos focos estão dentro dos domicílios
brasileiros. Vale destacar a importância de procurar atendimento médico
imediato em caso de sintomas como febre, dores nas articulações, manchas
vermelhas na pele, coceiras ou vermelhidão nos olhos. A dengue tem tratamento
disponível no SUS em todo país e a demora para procurar atendimento pode
agravar os sintomas.
A vacinação se soma as estratégias de combate à dengue que já
estão em andamento. O Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems) esclarecem que o processo de seleção das regiões de saúde
prioritárias para imunização contra a dengue foi pactuado, ratificado entre os
entes e seguiu rigorosamente as recomendações da Câmara Técnica de
Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Desde a incorporação da vacina pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), no dia 21 de dezembro de 2023, o
processo de definição da estratégia foi elaborado de forma compartilhada, com
diversas reuniões conjuntas para que a vacina fosse utilizada da forma mais
eficiente para a saúde pública. O objetivo do Ministério da Saúde,
conjuntamente com todos os entes, é oferecer as melhores tecnologias,
medicamentos e vacinas para toda a população brasileira. No entanto, é
necessário trabalhar com o cenário atual, com quantitativo insuficiente de
doses disponíveis pelo fabricante para o SUS.
A definição de um público-alvo e regiões para a vacinação foi
necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo
laboratório – 6,5 milhões em 2024. A metodologia utilizada teve como ponto de
partida os municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos 10 anos
(com população igual ou maior do que cem mil habitantes). As regiões de saúde
nas quais estes municípios estavam incluídos foram selecionadas e ordenadas de
acordo com os seguintes critérios:
Predominância do sorotipo DENV-2 (dezembro/2023);
Maior número de casos no monitoramento 2023/2024 (SE-27/2023
a SE-02/2024).
Dessa forma, 16 estados e o Distrito Federal têm municípios
que preenchem os requisitos para o início da vacinação a partir de 2024. Serão
vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que
concentra maior número de hospitalização por dengue – 16,4 mil de janeiro de
2019 a novembro de 2023, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina
não foi autorizada pela Anvisa. Esse é um recorte que reúne o maior número de
regiões de saúde e também foi pactuado de forma conjunta.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante
no sistema público universal. É importante reforçar que a vacina contra a
dengue é mais uma aliada na estratégia de combate à doença, que requer
responsabilidade de toda a sociedade e gestores públicos.
Fonte: Ministério da Saúde
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