Paraíba: empresas investiram R$ 266,9 milhões no estado em 2023, diz Sudene.
Lei que prorroga até 2028 incentivos fiscais para empresas na
região da Sudene e da Sudam foi sancionada e já está em vigor
Os incentivos fiscais nas áreas de atuação das
superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene)
agora vão até 31 de dezembro de 2028. A lei 14.753/23, que prevê a prorrogação
dos benefícios, já foi sancionada e publicada no Diário Oficial da
União. Em 2023, as empresas investiram R$ 266,9 milhões na Paraíba,
de acordo com a Sudene. Um ano antes, o investimento total foi de R$ 788,3
milhões.
A superintendência explica que não há como afirmar que os
valores são resultado direto dos benefícios, mas destaca que as
empresas só têm acesso ao incentivo após o investimento. Segundo o advogado
especialista em direito tributário Guilherme Di Ferreira, os incentivos fiscais
são ferramentas importantes para o desenvolvimento das regiões
beneficiadas.
“O incentivo fiscal, dado às empresas, faz com que promova a
melhoria de tudo ao seu redor. Vai aumentar a quantidade de emprego, comércio,
economia, o dinheiro gira mais no local porque a empresa tem redução
na sua taxa de imposto para poder reinvestir em algo em prol da sociedade e dos
cidadãos. Isso é muito importante e faz com que prospere aquele ambiente”,
explica o especialista.
As empresas beneficiadas com os incentivos fiscais conseguem
a redução de 75% no Imposto de Renda (IR) calculado com base no lucro. A
legislação permite ainda a retenção de 30% do IR devido como depósito para
reinvestimento, medida que serve de estímulo aos projetos de modernização ou
compra de equipamentos.
Impacto
A Sudene atua em todos os estados da região Nordeste e em
parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os dados mais recentes da entidade
mostram que as empresas presentes na região investiram R$ 23,2 bilhões de
janeiro a dezembro de 2023. Além disso, quase 262 mil empregos diretos e
indiretos foram gerados no período. Na comparação com 2022, o total
investido superou a marca de R$ 22,6 bilhões e quase 214 mil empregos gerados.
Ainda segundo a superintendência, entre 2013 e 2022 as empresas incentivadas
geraram mais de 1,3 milhão de empregos e relataram investimentos na ordem de R$
294 bilhões em projetos.
O PL 4416/2021, do deputado Júlio Cesar (PSD-PI), deu
origem à lei 14.753/23 e foi aprovado na Câmara em novembro passado. O
relator, deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE), apresentou parecer pela
rejeição à emenda do Senado que estendia os benefícios também à
Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), por não haver
previsão de impacto orçamentário.
Assim, a lei sancionada prevê a prorrogação dos incentivos
apenas à Sudam e à Sudene por mais cinco anos. O senador Efraim Filho
(União-PB) defende que os benefícios atraem emprego e renda e
contribuem com o desenvolvimento das regiões.
"Um dos princípios da nossa Constituição Federal é a
diminuição das desigualdades regionais. E uma forma de você estimular
investimentos, estimular de forma atrativa a vinda de indústrias,
empresas, que geram emprego, renda, oportunidade nessa região é através
desses incentivos tributários. Então, é muito bem-vinda essa prorrogação",
defende o parlamentar.
Fonte: Brasil 61 -
Nenhum comentário