Secretaria da Saúde alerta a população para o período sazonal das arboviroses.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta
sexta-feira (12), o Boletim das arboviroses. O documento faz um alerta à
população sobre o período sazonal de proliferação do mosquito Aedes Aegypti e
apresenta o levantamento final do cenário epidemiológico da dengue, zika e
chikungunya em 2023, com um total de 8.800 casos prováveis dos agravos e 10
óbitos.
De acordo com o boletim, houve uma redução de notificação dos
casos de dengue, zika e chigungunya quando comparado a 2022. A técnica de
arboviroses da SES, Carla Jaciara, explica que durante todo o ano de 2023 foi
observada essa diminuição de casos. Porém, ela alerta a população para os
cuidados de rotina de eliminação de focos de mosquito.
“Estamos entrando em período sazonal de altas temperaturas,
chuvas intensas e rápidas, um período que traz um cenário propício para o
mosquito proliferar. Por isso é importante frisar os cuidados de controle e do
não acúmulo de água para eliminação do foco de forma adequada”, pontua.
Sobre os 8.800 casos prováveis, o boletim aponta que 7.240
foram de dengue, 1.449 de chikungunya e 111 de zika. Comparando ao ano de 2022,
é observada uma redução de 76% para os casos prováveis de dengue, de 92% para
chikungunya e 82% para os casos prováveis de Zika. As regiões de saúde com
maior incidência foram a 1ª, a 4ª e a 11ª. Dos dez óbitos confirmados, seis
foram para dengue nos municípios de Sousa, Baraúna, Sossego e João Pessoa, e
quatro para chikungunya nos municípios de Campina Grande, Santa Rita e
Sertãozinho. Um óbito segue em investigação.
O Boletim também apresenta todas as ações realizadas pela SES
durante o ano de 2023 para os profissionais de vigilância como qualificação de
equipe, intervenções do UBV Acoplado a veículo (Carro Fumacê) respeitando os
critérios epi-entomológicos e Oficinas de Qualificação de registros de
Arboviroses para orientação sobre notificação dos casos no sistema. A SES
recomenda o fortalecimento da notificação oportuna, conduta clínica e
organização dos serviços de saúde frente a casos suspeitos de arboviroses.
“Se faz necessário redobrar a vigilância no combate ao
mosquito, como também a preparação da nossa rede assistencial para os cuidados
desses pacientes que venham a chegar nas nossas unidades com sintomatologia
suspeita de arboviroses. Estas recomendações são de suma importância, visto que
as arboviroses ocorrem durante todo o ano, com ênfase no primeiro semestre”,
reforça Carla Jaciara.
A Secretaria de Saúde lembra que os focos do mosquito Aedes
Aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins.
Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate
ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma
faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras
garrafas, não deixar água acumulada em pneus e adicionar cloro à água da
piscina são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o
registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico
de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como
vigilância.
Secom PB
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