COMBATE AO MOSQUITO: Centro de Operações de Emergência vai monitorar casos de dengue na Paraíba.
Planejamento de ações e resposta será coordenado pelo
Ministério da Saúde com estados e municípios. Entenda a importância das medidas
de prevenção e controle.
Para ampliar e agilizar a organização de estratégias de
vigilância, frente ao aumento de casos de dengue no Brasil, o Ministério da
Saúde instalou, nesta quinta-feira (1º), um Centro de Operações de Emergência -
COE Dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura
da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), reforçando que a
atuação será coordenada com estados e municípios. A medida permite uma análise
minuciosa, porém ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de
decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos
casos.
“A mensagem é de mobilização nacional, de união de esforços
com estados e municípios. De um Brasil unido contra a dengue. Nós estamos,
desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos
o SUS, com toda sua capilaridade, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de
Combate às Endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio
da sociedade”, frisou a ministra.
A fala da ministra da Saúde reitera a coordenação, por parte
da pasta, de uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024.
Desde o ano passado, o governo federal está em constante monitoramento e alerta
quanto ao quadro das arboviroses no Brasil, convocando a sociedade, unindo
esforços e trabalhando pela conscientização das medidas de prevenção em todo o
território nacional.
Em 2024, até o momento, o Brasil registrou 243.721 casos
prováveis de dengue, sendo 52.069 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a
6/1), 63.995 na semana 2 (7 a 13/1), 79.872 casos prováveis de dengue na semana
3 (14 a 20/1) e 47.785 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4). Os dados
são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. Na
Paraíba, neste ano, foram registrados 359 casos prováveis de dengue.
Com o acionamento do COE, o Ministério da Saúde vai ampliar o
monitoramento da situação, com ênfase em dengue, para orientar a execução de
ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de
controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão
feitos em conjunto com estados e municípios e de forma interministerial.
A importância dos agentes de endemias no combate à dengue.
O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de
acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e
embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos. Mas há
lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são
desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos Agentes de Combate às
Endemias (ACE). Na Paraíba, 2.673 agentes estão atuantes na força-tarefa contra
a dengue.
“Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate
ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os
próprios residentes e para a comunidade, orientando as famílias e visitando as
casas uma a uma. Ninguém quer que a sua residência seja um local de risco. Por
isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção”, ressalta a
secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
Pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de
2 anos e idosos acima de 65 anos são mais suscetíveis às complicações da
dengue, chikungunya e zika. Caso tenha um desses perfis, os cuidados de combate
ao mosquito devem ser redobrados: mantenha a caixa d’água bem fechada, guarde
pneus em locais cobertos, limpe bem as calhas de casa, amarre bem sacos de lixo
e não acumule entulho, esvazie garrafas PET, potes e vasos, coloque areia nos
vasos de planta, e receba bem os agentes de saúde.
Sintomas e prevenção
Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes.
Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no
corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e
coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores
abdominais. A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure
o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os
primeiros sintomas.
Fonte: Ministério da Saúde
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