Comissão do Senado aprova fim do "saidão" para presos. Tema será discutido no plenário.
A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou nesta
terça-feira (6) projeto de lei que acaba com a concessão do benefício da saída
temporária a presos, mantendo apenas para que possam estudar. Os parlamentares
aprovaram urgência para votação do texto em plenário, sendo assim, não passará
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A legislação atual prevê a saída temporária, conhecida como
“saidão” ou “saidinha”, para condenados no semiaberto. Eles podem deixar a
prisão cinco vezes ao ano para visitar a família em feriados, estudar fora ou
participar de atividades de ressocialização.
O projeto de lei revoga esse benefício. O relator, senador
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acatou emenda do senador Sergio Moro (União-PR) para
a manutenção do benefício aos presos que fazem cursos profissionalizantes ou
cursam os ensinos médio e superior.
O tema ganhou destaque após a morte do sargento Roger Dias da
Cunha, da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele foi baleado e morto ao abordar
dois suspeitos de furto em Belo Horizonte, no dia 5 de janeiro. O autor do
disparo tinha deixado a cadeia em um “saidão” e deveria ter retornado no dia 23
de dezembro.
O texto ainda determina a obrigatoriedade de exame
criminológico para a progressão de regime e para a autorização do semiaberto. O
exame terá de verificar se o detento tem condições de se ajudar ao novo regime,
baixa periculosidade e senso de responsabilidade.
O projeto amplia as regras para uso de tornozeleira
eletrônica pelos presos autorizados a deixar o regime fechado. O projeto foi
aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022.
*Com informações da Agência Senado/Agência Brasil.
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