Primeiro repasse do FPM de fevereiro apresenta crescimento; CNM divulga estimativa por coeficiente.
O valor do primeiro decêndio do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) do mês de fevereiro aponta crescimento na comparação com o
repasse equivalente de 2023. Retirando os efeitos da inflação entre os
períodos, os repasses apresentaram expansão real de 1,35%. A Confederação
Nacional de Municípios (CNM) destaca que, descontada a retenção obrigatória
para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), as prefeituras receberão
nesta sexta-feira, 9 de fevereiro, um montante total de R$ 12.534.483.367,53.
No acumulado de 2024, o FPM registra, até o momento, um crescimento real de
4,74%.
Com a criação de regras de transição para perdas de
coeficientes no FPM (Lei Complementar 198/2023), uma conquista da entidade a
fim de minimizar os efeitos e permitir melhor planejamento por parte dos
Municípios afetados pela perda populacional, o cálculo dos coeficientes ficou
mais complexo. A CNM voltou a divulgar as estimativas dos valores que serão
recebidos em cada faixa para os Municípios por Estado, mas reforça que, para
interpretar os dados disponibilizados nas tabelas, é preciso que o gestor tenha
tanto a informação do seu coeficiente quanto da quantidade de quotas que
perderia na ausência da 198/2023, se for o caso.
Para os Municípios que perderam população de acordo com o
Censo e cairiam de coeficiente, ou seja, os chamados Municípios diretamente
afetados, começou a ser aplicado, neste ano, o redutor financeiro no FPM. Isso
significa que ao invés de uma redução total de uma vez, os Entes afetados terão
uma redução gradual, com um desconto de 10% ao ano sobre a diferença entre o
coeficiente anterior do Município e o que deveria ser adotado se ocorresse a
queda total de coeficiente.
Ao consultar, portanto, a estimativa da CNM, a gestão
municipal deve se atentar para isso. Na tabela do Estado poderá haver dois
valores diferentes para um mesmo coeficiente. Basta que o gestor identifique se
o caso dele é referente ao valor cheio ou se tem redução pela Lei. Se sim, ele
deve identificar a opção que indica a perda de quota e consultar o valor que
deverá receber de decêndio.
Um exemplo é o da cidade de Araçagi (PB), que tinha o coeficiente de 1.2 e, após o último Censo,
teria seu coeficiente reduzido para 1.0 (redução de uma quota). Para encontrar
as informações de Araçagi (PB), basta conferir na página 17 (Municípios da
Paraíba), os valores para os Municípios com “coeficiente original” de 1.2 e com
o número 1 na coluna “perdas de quotas sem a LC 198/2023”. Aqui, a cidade
receberá de FPM Bruto R$ 2.627.393,26, dividido entre o repasse regular de R$
2.671.925,35 e o débito de R$ 44.532,09 a título de redutor financeiro.
Há outras 22 cidades na Paraíba com coeficiente 1.2 e sem
perda de quotas (indiretamente afetados, que podem ter mantido ou até mesmo
crescido de coeficiente este ano). Nesses casos, elas receberão R$
2.676.123,66, divididos entre o mesmo repasse regular de R$ 2.671.925,35 e o
crédito de R$ 4.198,31, correspondente à redistribuição do redutor financeiro
entre os Municípios paraibanos indiretamente afetados. Como é possível
observar, as cidades indiretamente afetadas receberão R$ 48.730,40 a mais do
que as cidades diretamente afetadas para um mesmo coeficiente de partida.
Confira quanto seu Município vai receber de FPM.
Da Agência CNM de Notícias
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