Fugitivos de penitenciária federal em Mossoró são recapturados no Pará.
Após 50 dias em fuga, eles estavam a 1,6 mil quilômetros do presídio
Os dois presos que escaparam da Penitenciária Federal em
Mossoró (RN), em 14 de fevereiro, foram recapturados nesta quinta-feira (4), em
Marabá (PA).
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rogério
da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram presos, após 50 dias em
fuga, a cerca de 1,6 mil quilômetros de distância do presídio de segurança
máxima.
“Na tarde desta quinta-feira, em uma ação conjunta das
polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os
foragidos do Sistema Penitenciário Federal”, informou o ministério, em nota.
Mendonça e Nascimento escaparam da penitenciária na
Quarta-feira de Cinzas. A fuga foi a primeira registrada no sistema
penitenciário federal desde que este foi criado, em 2006, com o objetivo de
isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.
A unidade potiguar estava passando por uma reforma interna.
Investigações preliminares indicam que Mendonça e Nascimento usaram ferramentas
que encontraram largadas dentro do presídio para abrir o buraco por onde
fugiram de suas celas individuais. Quatro dias após a fuga inédita, o próprio
presidente Luiz Inácio Lula da Silva cogitou que os dois detentos teriam
recebido algum tipo de ajuda para deixar a unidade, considerada de segurança
máxima.
Investigação
Nesta terça-feira (2), após um mês e meio apurando as
circunstâncias da fuga, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de
Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou não
ter encontrado qualquer indício de corrupção.
Segundo o ministério, em seu relatório sobre a
responsabilidade de servidores da penitenciária, a corregedora-geral, Marlene
Rosa, aponta indícios de “falhas” nos procedimentos carcerários de segurança,
mas nenhuma evidência de que servidores tenham, intencionalmente, facilitado a
fuga.
Ainda de acordo com o ministério, três Processos
Administrativos Disciplinares (PADs) já foram instaurados para aprofundar as
investigações sobre as falhas identificadas. Dez servidores são alvos desses
procedimentos. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta
(TAC), se comprometendo com uma série de medidas, como, por exemplo, passar por
cursos de reciclagem e não voltarem a cometer as mesmas infrações.
Agência Brasil
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