Governo Federal inaugura Estação Elevatória de Água Bruta da primeira etapa Adutora do Agreste Pernambucano.
Assim que o projeto estiver finalizado, serão 1.500 km de
adutoras que levarão 4 mil litros por segundo de água da Transposição do Rio
São Francisco para abastecimento da região agreste do estado.
Brasília (DF) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, inauguraram
nesta quinta-feira (4), a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) de Ipojuca e
do trecho Belo Jardim - Caruaru da primeira etapa da Adutora do Agreste de
Pernambuco, no município de Arcoverde.
Num evento que contou com a participação da população, o
presidente Lula relembrou das dificuldades que passou devido à escassez de água
na sua infância e não escondeu a felicidade de voltar ao estado em que nasceu.
“Eu saí da Caetés (interior de Pernambuco) para São Paulo como uma criança a
mais de oito filhos em um Pau de Arara. E saímos para não morrer de fome nem de
sede”. E prosseguiu, sob aplausos: “Esse nordestino que saiu daqui para não
morrer de sede volta para fazer a Transposição do São Francisco. E isso só pode
acontecer por uma razão, que é a fé por causa da crença de vocês. Se vocês não
acreditassem e não tivessem fé, jamais teriam voltado para a Presidência da
República em um pernambucano. Vocês votarem em mim foi um ato de fé, de
coragem. E após tantos anos, estou aqui com vocês apreciando água saindo da
torneira de vocês”.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional,
Waldez Góes, coordena a pasta que uma das políticas públicas é oferecer
segurança hídrica a quem mais precisa. “Uma das recomendações que o presidente
Lula fez a mim e a todos os colegas ministros nos primeiros dias de governo, na
primeira reunião presidencial, com a equipe do governo. E esta foi uma delas:
cuidar da obra da Adutora do Agreste Pernambucano, que se junta a tantas outras
obras interligadas à transposição do Rio São Francisco, mas outras dezenas de
obras que não são ligadas à transposição, mas que fazem parte de toda
infraestrutura hídrica para garantir segurança aí para o povo nordestino”,
ressaltou o ministro Waldez Góes.
O chefe da Pasta citou a participação do presidente Lula na
PEC da Transição, visto que o governo anterior tinha deixado poucos recursos
para obras importantes no País. “Em 2023, não foi só um ano para nos alinharmos
à situação. Nós já pudemos trabalhar efetivamente, graças ao trabalho do
presidente no Congresso Nacional garantindo verba parta obras como essa da
Adutora do Agreste, para o Cinturão das Águas do Ceará, para Oiticica e Apodi,
no Rio Grande do Norte, para obra das Vertentes Litorâneas, na Paraíba, dando a
demonstração clara de quanto ele foi e continua sendo o maior responsável pelo
pela Transposição do Rio São Francisco”, concluiu Waldez Góes.
Sistema integrado
A Adutora do Agreste é o maior sistema integrado de adutoras
de abastecimento humano do Brasil e um dos maiores do mundo. Quando todo o
projeto estiver finalizado, serão 1.500 km de adutoras que levarão 4 mil litros
por segundo de água da Transposição do Rio São Francisco para abastecimento da
região agreste do estado. Até o momento, o Governo Federal investiu mais de R$ 1,2 bilhão no projeto, enquanto o estado, como
contrapartida, aplicou R$ 200 milhões.
Atualmente, seis municípios já são atendidos. Com a
inauguração da Estação Elevatória, serão nove. O abastecimento será expandido
de 190 mil para 615 mil pessoas. A estação elevatória inaugurada nesta quinta é
essencial para a finalização da primeira das duas etapas do projeto, quando 23
municípios e 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas. A conclusão está
prevista para 2026.
Os municípios beneficiados quando a primeira etapa for
completamente finalizada serão Arcoverde, Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo
Jardim, Tacaimbó, São Bento do Una, São Caetano, Caruaru, Bezerros, Gravatá,
Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Brejo da Madre de Deus, Pedra, Venturosa,
Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas, Iati, Cachoeirinha e Lajedo.
Uma das beneficiárias com as obras da Adutora do Agreste
Pernambucano é a dentista Maria do Socorro Vidal de Oliveira. “Sou filha de
agricultores, então a nossa família precisa e muito de água, tanto para
consumir como para produzir. Só o presidente Lula para poder fazer essa ação,
pois é uma obra muito esperada pela população e a gente espera que
principalmente a agricultura familiar possa crescer com o investimento. A gente
precisa que as pessoas comecem a viver da própria terra.
O sistema é composto por unidades de captação, adutoras de
água bruta, estação elevatória de água bruta, reservatório de água bruta,
estação de tratamento, adutoras de água tratada e estações elevatórias de água
tratada.
A segunda etapa ainda está em fase de contratação. Quando for
concluída, o sistema adutor pernambucano vai beneficiar um total de 2 milhões
de habitantes em 68 municípios.
Assessoria de Comunicação Social
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