PGR denúncia nove envolvidos em bloqueios de rodovias após eleições.
Grupo parou estradas em Santa Catarina contra vitória de Lula
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta
segunda-feira (20) nove pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo
envolvimento nos bloqueios de rodovias do país após o anúncio da vitória do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
No documento, Gonet pede ao ministro Alexandre de Moraes,
relator do caso, que os acusados se tornem réus pelos crimes de associação
criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Conforme a denúncia, os acusados promoveram pontos de
bloqueios entre 30 de outubro e 7 de novembro de 2022 em rodovias de Santa
Catarina para praticar atos contra a legitimidade das eleições.
Além disso, segundo o procurador, eles participaram de um
"movimento ideologicamente" unidos a outras paralisações de rodovias
no país para pedir o fechamento do STF e uma intervenção militar por não se
conformarem com o resultado das eleições presidenciais.
"O bloqueio em si já constituiu ato de violência, e
durante a sua realização também se produziram atos de violência pessoal. A
conduta se relaciona com o conjunto de práticas bárbaras e truculentas com que
se buscou, sobretudo após o resultado final da eleição presidencial de 2022,
desestimar a vontade popular expressa nas urnas democráticas e teve em mira a
orquestração de sublevação contra o governo eleito, por meio de ações de
violência", concluiu o PGR.
No dia 31 de outubro de 2022, um dia após a divulgação do
resultado das eleições, o ministro Alexandre de Moraes determinou o total
desbloqueio das rodovias federais que registraram paralisações de
caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares
estaduais foram responsáveis pela liberação das estradas.
A data do julgamento da denúncia ainda não foi definida.
Agência Brasil
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