Saúde divulga boletim e reforça ações realizadas para o controle das arboviroses na Paraíba.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta
terça-feira (4), o Boletim das Arboviroses, que apresenta o levantamento dos
agravos causados pelo mosquito Aedes aegypti na Paraíba do início do ano até a
22ª semana epidemiológica – que compreende o período de janeiro de 2024 até o
dia 31 de maio. Até o momento, os casos prováveis de arboviroses totalizam
11.305, sendo 9.969 para dengue, 1.269 para chikungunya e 67 para zika. O órgão
faz um alerta para que a população procure uma unidade de saúde ao sentir os
primeiros sintomas.
De acordo com a técnica das arboviroses da SES, Carla
Jaciara, quando comparado ao mesmo período do ano passado, foi registrado, em
termos de porcentagem, um aumento significativo de 122,37% para os casos de
dengue e 55% para os casos de chikungunya. Já para os casos de zika, houve uma
redução de 6%. Ela destaca as ações que estão sendo realizadas pela Secretaria
de Saúde para fortalecer o combate às arboviroses.
“A SES vem elaborando e desenvolvendo ações voltadas
especificamente ao controle da dengue, chikungunya e zika, como capacitações do
manejo clínico, oficinas, instalação de armadilhas ovitrampas, reuniões
virtuais, visitas técnicas aos municípios onde ocorreram óbitos ou que ainda
estão com óbito em investigação, reestruturação da sala de situação onde são
liberados informes diários sobre o cenário das arboviroses, análise dos
municípios com alta incidência para traçar estratégias direcionadas ao combate
e o controle dessas doenças. E realizamos também alinhamento das ações de
vigilância ambiental por macro região de saúde”, explicou.
Sobre os óbitos, a Paraíba apresenta seis confirmados para
dengue, nas cidades de Camalaú, Conde, Campina Grande, Cabedelo e São João do
Rio Peixe. Para chikungunya, são quatro óbitos confirmados em Sapé, João
Pessoa, Campina Grande e Pirpirituba. 12 óbitos seguem em investigação.
Carla Jaciara destaca que os municípios precisam realizar as
notificações de forma correta, e que, para isso, a Saúde vem realizando
treinamentos e qualificações para os profissionais da atenção básica, para que
saibam identificar e manejar acertadamente os casos suspeitos de arboviroses.
Em decorrência do período de elevadas temperaturas e chuvas
torrenciais, a SES recomenda que os municípios intensifiquem as ações de modo
integrado com diversos setores, como os setores de infraestrutura, limpeza
urbana, Secretaria de Educação, de Comunicação e de Meio Ambiente e também
outras áreas afins. E mais ainda, é importante que os gestores municipais
busquem sensibilizar a população quanto ao autocuidado para a eliminação de
criadores do mosquito Aedes aegypti, para que, assim, todos possam ficar atentos
aos sintomas, e quando necessário, procurar um serviço de saúde para
identificar em tempo oportuno os casos suspeitos de arbovirose no território.
O Boletim também apresenta os dados do 1º Levantamento Rápido
de Índices para o Aedes argypti (LIRAa) na Paraíba. Os 223 municípios
realizaram o levantamento e, de acordo com os dados enviados, 49 municípios
encontram-se em situação de alto risco, 138 foram classificados como médio
risco e 36 como baixo risco.
Assessoria
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