Nos primeiros seis meses de 2024, vacina BCG atinge 74,49% de cobertura na Paraíba.
Entre as primeiras vacinas indicadas para recém-nascidos está
a BCG, que previne contra as formas mais graves da tuberculose, como a
tuberculose miliar e a meningite tuberculosa. De acordo com o Programa Nacional
de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, nos seis primeiros meses de 2024,
a cobertura vacinal desse imunizante atingiu 75,3% em todo o país. O número já
se aproxima do índice preliminar de todo o ano de 2023, quando 79,1% das
crianças menores de um ano foram vacinadas. Na Paraíba, 74,49% dos bebês já
receberam o imunizante neste primeiro semestre.
A tuberculose é transmitida pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch. Além de atingir os pulmões,
os ossos, rins e meninges também são afetados. Os principais sintomas são tosse
– que pode conter sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso,
febre e sudorese ao final do dia.
O Ministério da Saúde recomenda que a dose seja aplicada o
mais precocemente possível logo após o nascimento em bebês com mais de dois
quilos. Caso não seja possível administrar ainda na maternidade, a vacinação
deve ocorrer na primeira ida à Unidade Básica de Saúde (UBS). Depois da
aplicação, a reação começa com uma mancha vermelha que evolui para uma pequena
ferida e, por fim, a famosa cicatriz no braço direito, que a maioria das
pessoas desenvolve.
A vacina BCG é a porta de entrada para o calendário de
vacinação das crianças, segundo Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa
Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. “Desde o início de 2023, uma
série de ações vem sendo realizadas para reforçar a cultura de vacinação no
país, com destaque para a estratégia de microplanejamento, recomendada pela
OMS, que consiste em diversas atividades com foco na realidade local de cada
estado e município”, destaca.
A Organização Mundial da Saúde estima que, nos países onde a
tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil,
mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa são evitados. Além das
crianças, a vacina é indicada para quem convive com pessoas diagnosticadas com
hanseníase e estrangeiros menos de cinco anos que estejam de mudança para o
Brasil e não foram imunizados.
*Ministério da Saúde
Nenhum comentário