AGOSTO DOURADO: Na Paraíba, atendimento a lactantes reforça compromisso com a amamentação.
Maternidade do Édson Ramalho na PB incentiva promoção do aleitamento materno
Em 2023, mais de 74 mil mães foram atendidas em seis bancos
de leite e 21 postos de coleta no estado.
No mês dedicado a promover os benefícios do aleitamento
materno, o Agosto Dourado, o Ministério da Saúde ressalta a importância da
amamentação para fortalecer a saúde e a imunidade, além de proteger o bebê de
doenças comuns durante o primeiro ano de vida e ao longo da vida adulta. Na
Paraíba, 74,4 mil lactantes receberam atendimento personalizado nos seis bancos
de leite e 21 postos de coleta do estado. Também foram realizados 3.802
atendimentos em grupo e 7.060 visitas domiciliares, todos gratuitos e com foco
na prevenção do desmame precoce.
Ainda de acordo com a Rede de Bancos de Leite Humano, 1,6
milhão de lactantes foram atendidas em 233 bancos de leite e 241 postos de
coleta em todo o Brasil. Esses serviços, disponíveis para toda a população, são
gratuitos e oferecem suporte às mães com dificuldades para amamentar. Essa é
uma das muitas iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS) para promover a
amamentação. Neste ano, a Semana Mundial da Amamentação (SMAM) tem como tema a
redução das desigualdades enfrentadas por populações vulneráveis, minorias,
pessoas com deficiência e aquelas em situações de emergência.
Os profissionais de saúde que atuam nas unidades são
qualificados em manejo clínico da lactação e aconselhamento em aleitamento
materno. As orientações, que incluem, massagens e extração de leite materno,
são ofertadas continuamente para ajustar possíveis dificuldades e situações que
podem afetar o ato.
Josélia Braga, 50 anos, atende pelo SUS há 23 anos. Moradora
da Ceilândia (DF), a técnica de enfermagem trabalha no banco de leite do
hospital regional da cidade e acredita que foi escolhida para atuar na área.
“Fiquei 18 anos em pronto socorro, onde aprendi a lidar com o fim da vida.
Agora, estou vivendo o início dela e toda sua delicadeza”, revela.
“O maior desafio é a expectativa que as mães têm da
amamentação romântica. O que a gente vê, na realidade, é uma amamentação
difícil, algumas sem evolução e a introdução de fórmula por baixa produção.
Elas se sentem mal, mas precisamos mostrar a realidade de forma humanizada”,
completa a profissional.
O Ministério da Saúde orienta que as crianças sejam
amamentadas desde a primeira hora de vida até dois anos ou mais, sendo de forma
exclusiva até os seis meses de vida. Com a prática das recomendações, o Brasil
é o país que mais coleta e distribui leite materno no mundo, além de contar com
uma tecnologia nos processos de qualidade e segurança que é modelo para a
cooperação internacional em mais de 20 países.
Novo programa
A pasta está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional
de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, como parte de um dos eixos
estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
(PNAISC) no âmbito do SUS. Assim, reforça os princípios da amamentação como
direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da
integralidade do cuidado e da humanização da atenção à saúde em todo o país.
O objetivo do programa, que está em fase final de pactuação
com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems), é fortalecer e integrar ações voltadas à
temática em todo o país, além de estimular ações integradas, transversais e
intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.
Recursos
Para ampliar o acesso à saúde, o Ministério da Saúde está
investindo, ainda, R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30
novos Centros de Parto Normal. Todas as unidades terão salas de amamentação. As
obras acontecem com recursos do Novo PAC Saúde e vão beneficiar cerca de 30
milhões de mulheres.
Além disso, entre os anos de 2020 e 2025, a Coordenação-Geral
de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde
conta com um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 9 milhões
para o fortalecimento de ações de apoio, proteção e promoção da amamentação.
A pasta destinou também, entre 2023 e 2024, R$ 2,4 milhões
para a ampliação, reforma e compra de equipamentos dos bancos de leite do país.
Outro financiamento é feito por meio da Iniciativa Hospital Amigo da Criança
(IHAC), com valor anual estimado de R$ 16 milhões.
Fonte: Ministério da Saúde
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