Comissão do Senado adia votação do projeto que cria 13ª parcela do Bolsa Família.
Após a análise na CAE, o projeto será encaminhado à Comissão
de Assuntos Sociais, onde será discutido e votado de forma terminativa.
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) decidiu nesta
terça-feira (27) adiar a discussão e a votação do projeto de lei que propõe a
criação de uma 13ª parcela do Bolsa Família para os beneficiários do programa.
O adiamento foi solicitado pelo autor da proposta, senador Jader Barbalho
(MDB-PA), que deseja analisar o impacto fiscal que a medida teria.
Após a análise na CAE, o projeto será encaminhado para a CAS
(Comissão de Assuntos Sociais), onde será discutido e votado de forma
terminativa, ou seja, sem a necessidade de ser levado ao plenário.
A proposta de Jader Barbalho estipula que o pagamento do
Bolsa Família seja dobrado no mês de dezembro. O texto também especifica que,
caso não haja previsão orçamentária, o pagamento do benefício estará
condicionado à compatibilidade com os limites estabelecidos no artigo 107 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), sendo necessária a
aprovação de crédito suplementar pelo Congresso Nacional.
O impacto financeiro anual da medida é estimado em R$ 14,1
bilhões. O relatório da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) recomenda a
aprovação do projeto, com ajustes que garantem que o pagamento do abono
natalino ocorra no último mês do ano.
“A finalidade dos programas de transferência de renda
condicionada é encorajar a acumulação de capital humano e interromper o ciclo
de reprodução intergeracional da pobreza. No contexto brasileiro, marcado por
elevados níveis de pobreza e desigualdade, esses programas são extremamente
necessários e relevantes”, justifica a senadora.
*Victoria
Lacerda, do R7, em Brasília
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