FPM: crédito do primeiro decêndio foi pago nesta sexta-feira, 9.
O primeiro decêndio de agosto foi repassado aos cofres das
prefeituras nesta sexta-feira, 9 de agosto, com crescimento de 26,56%,
comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados da
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o valor do crédito é de R$
7.167.198.661,64, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$
8.958.998.327,05.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) ressalta que o
crescimento de 26,56%, embora importante, se deu em função do comparativo com a
queda de 20,32% no primeiro decêndio de agosto de 2023, num cenário de crise
fiscal dos Municípios. A comparação do atual decêndio contra o primeiro
decêndio de agosto de 2022, com a correção inflacionária, aponta para uma queda
de 3,28%.
O primeiro decêndio sofre influência da arrecadação do mês
anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias 20 a 30 do
mês anterior. O 1º decêndio, geralmente, é o maior do mês, representando quase
a metade do valor esperado para o mês.
A CNM informa que no último mês implementou uma nova
metodologia para estimar os valores do FPM, incluindo os do primeiro decêndio,
que tradicionalmente não são cobertos pela entidade. De acordo com os dados, a
previsão da CNM apresentou excelente aderência com o valor realizado. Assim, a
fim de fornecer mais informações para os gestores, sobretudo com os novos
mandatos, a entidade irá divulgar, a partir dos próximos meses, nos últimos
dias anteriores ao primeiro decêndio, a previsão da primeira quota de cada mês.
A arrecadação da base de cálculo do FPM subiu R$ 8,36 bilhões
no primeiro decêndio de agosto de 2024, passando de R$ 31,46 bilhões para R$
39,82 bilhões. O principal fator para o aumento de 26,56% do FPM foi o
crescimento de R$ 6,16 bilhões do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas
(IRPJ), a partir do lucro das empresas. Também contribuiu positivamente o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), calculado a partir dos produtos
industrializados, com R$ 3,13 bilhões.
Apesar do elevado crescimento do FPM no início de 2024, a CNM
orienta aos gestores municipais o uso dos repasses com cautela e atenção. É de
suma importância que o gestor tenha pleno controle das finanças da prefeitura.
A Confederação seguirá acompanhando de perto a evolução do FPM a fim de
garantir a autonomia dos Municípios brasileiros, uma vez que há a expectativa
de crescimento moderado do FPM, ao contrário do observado entre 2021 e 2022. O
ano de 2024 segue desafiador para a gestão municipal.
Importante
A CNM também disponibiliza ao final da Nota os repasses
municipais do FPM dividido por Estados, indicando uma aproximação do volume de
recursos a ser recebido nesta sexta-feira. Para a interpretação do quadro, o
gestor deve ter o conhecimento não somente do seu coeficiente, mas da
quantidade de quotas que perderia na ausência da Lei Complementar (LC)
198/2023.
Agência CNM
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