InfoGripe: Covid-19 e rinovírus mantêm aumento dos casos.
Os casos de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) registraram aumento em todas as faixas etárias.
É o que mostra o mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) com base nos dados do Sistema de Informação da Vigilância
Epidemiológica da Gripe entre 18 e 24 de agosto.
O levantamento mostra a
manutenção do aumento de casos de SRAG associados à Covid-19 entre os idosos e
o início do crescimento da doença na faixa etária entre 15 e 64 anos. Em
relação ao vírus influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), houve uma
diminuição do número de casos. Já o rinovírus tem mostrado uma tendência de
aumento em vários estados do país e é a principal causa de SRAG entre as
crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos.
Estados e capitais
Nas regiões Nordeste e
Centro-Sul, o aumento dos casos de SRAG é observado principalmente em crianças
e adolescentes de até 14 anos e está associado ao rinovírus. Em Goiás e São
Paulo, o crescimento dos casos concentra-se na população idosa e está
relacionado à Covid-19.
Segundo a pesquisadora do
Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe
Tatiana Portella, esse aumento dos casos de Covid-19 em São Paulo é preocupante
devido à possibilidade de espalhamento do vírus para outras regiões do país.
“O estado de São Paulo é um
estado economicamente muito importante e que tem uma grande conectividade,
fluxo de pessoas em outras regiões, o que pode facilitar esse espalhamento do
vírus para outros locais. Então é muito provável que nas próximas semanas a
gente observe um aumento do número de casos de Covid-19 em outras regiões do
país.”
Diante desse cenário, a
pesquisadora da Fiocruz deixa as recomendações:
“A gente alerta para que
hospitais e unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer
sinal de aumento mais expressivo da circulação do vírus em outras regiões do
país, além de São Paulo e Goiás. A gente também chama atenção para a
importância da vacinação contra Covid-19, especialmente nas pessoas dos grupos
de risco, como idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidade, que têm uma
chance maior de desenvolver o quadro mais grave da doença e também de irem a
óbito.”
Na tendência de longo prazo,
12 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Alagoas, Bahia,
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro,
Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Entre as capitais, os
indícios de aumento de casos e SRAG foram observados em Aracaju (SE), Brasília
(DF), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ),
Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Em 2024, já foram
notificados 119.554 casos de SRAG. Desses, 57.644 (48,2%) deram positivo em
testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.896 (6,6%) estão
aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,9% são influenza A, 0,6%
são influenza B, 42,4% são VSR, e 17,8% são Covid-19.
Fonte: Brasil 61 -
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